Iniciativa conta com a presença de responsáveis dos 19 secretariados internacionais do organismo humanitário ligado à Santa Sé
Lisboa, 31 mar 2014 (Ecclesia) – Os responsáveis dos 19 secretariados internacionais da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre (AIS) vão juntar-se esta terça-feira pela primeira vez em Portugal, para uma reunião “ao mais alto nível” em Fátima.
De acordo com um comunicado da organização dependente da Santa Sé, enviado à Agência ECCLESIA, a iniciativa acontece num momento em que a AIS atravessa um período de “consolidação” e “crescimento”, quer em termos de intervenção junto das comunidades cristãs mais necessitadas quer na relação com benfeitores e amigos.
Recorde-se que recentemente a Fundação católica abriu duas novas delegações, uma na Coreia do Sul e outra no México.
Aquando da abertura de portas, em meados de março, a AIS destacou a importância da presença na América Latina, que correspondia a uma ambição antiga de centenas de amigos mexicanos que são já o sinal visível do dinamismo da instituição na região.
No que toca à Coreia do Sul, a criação de uma estrutura de base na região asiática é encarada com grande otimismo, por se tratar de uma nação economicamente desenvolvida e onde a Igreja Católica está a crescer.
A reunião geral da AIS vai ter início com uma eucaristia na Capelinha das Aparições, no Santuário de Fátima, que será presidida pelo cardeal Mauro Piacenza, antigo prefeito da Congregação para o Clero e atual presidente da Fundação.
O local do encontro, que se vai prolongar até quinta-feira, tem “um particular simbolismo”, refere a mesma nota, “pois Fátima sempre ocupou um lugar muito especial na devoção do padre Werenfried van Straaten”, fundador da AIS, que “consagrou a organização a Nossa Senhora de Fátima em 1967”.
“Além do mais, a Fundação acaba também de encerrar as comemorações do centenário do nascimento do padre Werenfried, e é precisamente em Fátima que existe a única casa dedicada ao sacerdote, a Domus Pater Werenfried”, lembra o texto.
Criada há 65 anos, a Fundação AIS está presente em quatro continentes e 19 países, incluindo Portugal.
O seu trabalho é totalmente suportado por cerca de 600 mil benfeitores que permitiram, só no ano de 2012, apoiar mais de cinco mil projetos em todo o mundo, num valor global de cerca de 91 milhões de euros.
Atualmente a AIS está a prestar atenção especial aos países do Médio Oriente e também de África, sobretudo a Nigéria e o Sudão, “onde os cristãos têm vindo a ser particularmente perseguidos”.
JCP