Fátima: Reitor sublinha união entre o Santuário e os Papas

Atribuição do título de “basílica” às duas igrejas da Cova da Iria é sinal de proximidade, considera padre Carlos Cabecinhas

Fátima, Santarém, 14 nov 2012 (Ecclesia) – O reitor do Santuário de Fátima destacou esta terça-feira o vínculo entre os Papas e a mensagem resultante das aparições da Virgem Maria ocorridas em 1917.

Na homilia da principal missa do dia, publicada no site do santuário, o padre Carlos Cabecinhas sublinhou que o facto de as duas igrejas erguidas na Cova da Iria terem o título de “basílica”, atribuído pelo Vaticano, é sinal de que a “união ao Santo Padre” é uma das principais características da espiritualidade de Fátima.

As crianças videntes, Francisco e Jacinta, declaradas beatos, e Lúcia, “manifestaram sempre, depois das aparições, uma especial comunhão com o Papa, que se concretizava sobretudo na oração”, disse o sacerdote na celebração que evocou pela primeira vez a consagração a Deus (dedicação) da Basílica da Santíssima Trindade.

“Desde então, rezar pelo Santo Padre e pelas suas intenções tornou-se parte integrante da própria mensagem e prática habitual no santuário”, assinalou o reitor, referindo também que o “carinho” por Fátima é uma “marca da atitude” dos Papas “desde o tempo das aparições”.

O sacerdote frisou que “a mensagem de Fátima não pretende inovar ou saciar” a “curiosidade sobre Deus”, mas conduzir os fiéis a uma “forte experiência” do divino, que para os cristãos é o Pai, Cristo e o Espírito Santo (Santíssima Trindade).

“Em cada celebração litúrgica, mas sobretudo em cada Eucaristia”, os fiéis são convidados a fazer essa experiência “do encontro com Cristo”, que é capaz de “renovar e transformar interiormente” cada pessoa, declarou.

A igreja da Santíssima Trindade, dedicada em 2007, recebeu o título de basílica por decreto de 19 de junho deste ano, ficando definida a data de 13 de novembro como dia da sua festa litúrgica.

A basílica projetada pelo arquiteto grego Alexandros Tombazis tem forma circular, com 125 metros de diâmetro, e é sustentada por um pilar que suporta toda a cobertura e evita colunas no interior do edifício.

Com altura média de 15 metros, a basílica tem uma nave central de aproximadamente 8500 lugares sentados, configurada para ser dividida em dois espaços, com a parte mais próxima do altar a acolher 3175 pessoas.

“Basílica” é o título concedido pela Santa Sé a algumas igrejas pela sua antiguidade ou por serem centros de peregrinações.

Há “basílicas maiores” e “basílicas menores”, de que são exemplo, em Portugal, a dos Mártires, em Lisboa, a Real, de Castro Verde, e as duas da Cova da Iria.

A palavra “basílica”, com origem nos termos gregos “basileus” (rei) e basilikos (real), era utilizada em Roma para designar grandes edifícios de reunião, como tribunais e átrios onde se celebravam os contratos.

OC/RJM

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