O Reitor do Santuário de Fátima, Pe. Virgílio Antunes, criticou este Domingo a adequação da legislação aos gostos e preferências de certos grupos, durante a celebração eucarística que decorreu na igreja da Santíssima Trindade “Não é legal, então vamos legalizar. Vamos fazer as leis adequadas para o tipo de gosto, de preferências deste grupo, daquele grupo, mais daqueloutro, para que ninguém se sinta desintegrado ou desadequado face aos seus gostos ou preferências ou face às leis a que devem submeter-se e a que devem obedecer”, disse. Este responsável afirmou que se caminha “para um mundo ainda mais complicado, porque quando se descobre alguma coisa daquilo que deve ser para todos” trata-se de “legalizar”. O Pe. Virgílio Antunes considerou, por outro lado, que se assiste actualmente a “um afastamento, um fosso muito grande entre a lei e a moral”, admitindo que o ambiente actual é “um pouco laxista” e “indiferente do ponto de vista moral”. “No passado era tudo pecado, era uma obsessão. Agora nada é pecado”, declarou na homilia da missa dominical no Santuário de Fátima, sustentando que a sociedade “está agora noutra onda, noutro critério”, preocupando-se com “o que é legal e o que não é legal” ao invés da moralidade e imoralidade. “Do nosso ponto de vista cristão, a sociedade, quando se fica por este tipo de critério, perde a noção da consciência, a noção do pecado. E pode caminhar-se para a sua degradação e desagregação”, sublinhou o Reitor. Redacção/Lusa