Padre Carlos Cabecinhas mostrou-se indignado com o que admite ser «um ataque contra a dignidade do grupo de religiosos»
Fátima, Santarém, 02 out 2013 (Ecclesia) – O padre Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, manifesta a sua “enorme tristeza” ao tomar conhecimento do saque à Missão de Nossa Senhora de Fátima em Bouar, no norte da República Centro Africana.
A informação do sucedido chegou através da Fundação Ajuda à Igreja que sofre (AIS), por intermédio da notícia publicada pela Agência Fides, do Vaticano, que dava conta de que se havia consumado “o enésimo ato de prepotência e de saque por parte dos rebeldes que atuam fora de qualquer controlo, inclusive por parte das autoridades”.
O reitor do Santuário de Fátima mostrou-se solidário com a população de Bouar e condenou este ataque “não apenas por ser uma Missão cuja designação está ligada à devoção a Nossa Senhora de Fátima, mas, e sobretudo, por se tratar de um atentado contra a dignidade daquele grupo de religiosos ao serviço de um povo sofrido e, em última instância, contra a própria população”.
A fundação pontifícia AIS tem vindo a desenvolver a campanha ‘Um povo em lágrimas’ para divulgar o que acontece na República Centro-Africana, na tentativa de amenizar o sofrimento daquele povo.
Na campanha da AIS releva-se o sofrimento do povo cristão perseguido por extremistas islâmicos – “segundo a agência de notícias Fides, até ao passado mês, mais de 200 mil cristãos abandonaram as suas casas e quase 50 mil refugiaram-se em países vizinhos”, notando ainda que a Igreja Católica é “a única organização que continua a prestar auxílio à população”.
SISF/CP/OC