Fátima: Reitor alerta para apatia e indiferença ao sofrimento e as necessidades dos outros

Fátima, Santarém, 22 ago 2016 (Ecclesia) – O reitor do Santuário de Fátima alertou para a apatia e indiferença “perante o sofrimento e as necessidades dos outros”, na Missa evocativa da quarta Aparição de Nossa Senhora, dando como exemplo a atitude “compassiva” de Maria.

“Acolher Maria como discípulo, implica aprender a ser compassivos como ela, estarmos atentos aos outros e às suas necessidades”, referiu o padre Carlos Cabecinhas que deu como exemplo as vítimas da guerra, os exilados e refugiados, os desalojados dos incêndios, “ou simplesmente” os que estão próximo de cada um e “necessitam” de serem ouvidos.

Na Basílica da Santíssima Trindade, o sacerdote indicou que a mensagem de Fátima é “desafio” a essa empatia, a ser “misericordiosos como o Pai”, e sublinhou que não se pode “ficar apáticos e indiferentes perante o sofrimento e as necessidades dos outros”.

“Jesus confia-nos aos cuidados maternos de sua Mãe, que se torna também nossa Mãe e transparência da misericórdia de Deus. Aqui em Fátima manifesta-se este cuidado materno de Maria por cada um de nós”, desenvolveu o reitor do santuário mariano da Cova da Iria.

Segundo o padre Carlos Cabecinhas, em Fátima, “junto” de Nossa Senhora encontra-se o “conforto materno” confiado por Jesus a Maria que leva “ano após ano milhares e milhares de peregrinos” ao santuário.

“As aparições de Fátima são expressão de misericórdia. O coração materno de Maria sente a dor dos seus filhos e por isso vem em seu auxílio”, acrescentou o sacerdote na homilia da Eucaristia que recordou a quarta aparição de Nossa Senhora nos Valinhos.

O padre Carlos Cabecinhas destacou que na aparição de agosto Nossa Senhora lançou um “apelo à oração” quando pediu aos pastorinhos: “Rezai, rezai muito.”

“Esta exortação insistente à oração é um dos traços mais característicos da mensagem de Fátima”, destacou ainda o reitor, observando que a celebração evocativa “convida” à confiança, “desafia” a acolher Nossa Senhora e a aceitar o seu apelo à oração.

Na sua página na internet, o Santuário de Fátima explica que a 19 de agosto de 1917, Nossa Senhora apareceu nos Valinhos, “a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13 as crianças (pastorinhos) tinham sido levadas pelo Administrador do Concelho, para Vila Nova de Ourém para interrogatório”.

A memória da quarta aparição foi também recordada com a realização de “caminhada noturna”, desde a Capelinha das Aparições até aos Valinhos, ao lugar da aparição, e os peregrinos rezaram o Terço e meditaram sobre o conteúdo da mensagem de Nossa Senhora aos pastorinhos nas primeiras três aparições.

O padre Carlos Cabecinhas presidiu à celebração e destacou o exemplo de “vivência cristã” dos pastorinhos que ofereceram-se a Deus tendo pedido aos peregrinos que os “imitem”.

O monumento que recorda a quarta aparição foi construído com donativos dos católicos húngaros; A imagem de Nossa Senhora de Fátima é da autoria da escultora Maria Amélia Carvalheira da Silva e foi inaugurado a 12 de agosto de 1956.

CB

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