D. João Marcos presidiu à peregrinação internacional aniversária de junho
Fátima, Santarém, 13 jun 2015 (Ecclesia) – O bispo coadjutor de Beja, D. João Marços, presidiu à missa final da peregrinação internacional aniversária de 12 e 13 de junho, em Fátima, desafiando os católicos a “levarem a sério a sua vida cristã”.
“Se estamos na Igreja com espírito mundano, não entramos nem deixamos entrar os outros”, salientou o prelado, exortando as comunidades e paróquias a deixarem-se “santificar e transformar pelo Espírito” de Deus, de modo a que se tornem “espaços de comunhão e amor”.
“Nos quais os nossos corações, moldados pelo coração da Virgem Santíssima, sejam portas abertas para tantos transviados que desejam regressar”, complementou.
Dedicada ao tema “A quem iremos”, a peregrinação internacional aniversária de junho, que coincidiu com a solenidade do Coração Imaculado de Maria, levou como é habitual a Fátima milhares de peregrinos, dos mais variados países.
Na sua homilia, D. João Marcos destacou o Coração Imaculado de Maria como símbolo do “Homem Novo, resgatado por Cristo, que não vive para si mesmo, não se louva a si mesmo, não se alegra em si mesmo, mas impelido pela caridade de Cristo, se alegra e exulta no Senhor e se põe humildemente ao serviço dos irmãos”.
Para o bispo, esta devoção hoje “é antes de mais um convite a não se encarar superficialmente a vida, a Igreja e o mundo, um apelo a ver as coisas não de fora, como habitualmente acontece, mas a partir do coração, à luz da verdade do Evangelho”.
“Sem essa luz nova, mergulhados tantas vezes num mar de sofrimento, facilmente perdemos a esperança e nos afundamos numa tristeza que nos mata por dentro”, alertou.
Em causa, segundo o responsável católico, está e sempre estará a passagem “de uma fé insipiente” a uma “fé adulta que atua pela caridade”, um ponto central na mensagem que há quase 100 anos Nossa Senhora trouxe à Cova da Iria.
“Tal como aconteceu no coração de Maria, Cristo forma-se no coração daquele que escuta com fé a Palavra de Deus e a guarda, e cresce em nós até podermos reconhecer e dizer, como São Paulo, já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim”, sustentou.
D. João Marcos recordou ainda o convite deixado no ano 2000 pelo então Papa João Paulo II, aquando da beatificação dos videntes de Fátima Francisco e Jacinta, para que as comunidades cristãs “entrassem no coração de Maria, para que pudessem viver intensamente a maravilha da vida cristã”.
“A porta desta escola chama-se conversão e Deus está a abrir essa porta neste preciso momento para nós que estamos aqui. Não digam que hoje não pode ser, que se converterão na próxima vez que vierem a Fátima. Convertei-vos agora irmãos, não procureis a vossa felicidade onde ela não está, vivendo cada um para si mesmo”, exortou.
JCP