Fátima: Presidente da peregrinação internacional desafia católicos a superar «individualismo» e «indiferentismo»

13 de setembro levou milhares de pessoas à Cova da Iria

Fátima, Santarém, 13 set 2015 (Ecclesia) – O bispo brasileiro D. Wilmar Santin, que presidiu à peregrinação internacional de setembro no Santuário de Fátima, disse hoje que os católicos têm de assumir a sua fé para enfrentar o egoísmo contemporâneo.

“Isso faz uma grande diferença num mundo que alimenta a ditadura do ego, do individualismo e do indiferentismo ateu”, assinalou, na homilia da Missa que reuniu milhares de pessoas, esta manhã, no recinto de oração da Cova da Iria.

O prelado de Itaituba (Pará – Brasil) recordou que a “conversão” é um dos temas centrais da Mensagem de Fátima.

“Participar numa Peregrinação Internacional Aniversária em Fátima e voltar para casa do mesmo jeito seria uma perda de tempo e mostraria que a pessoa não entendeu o que significa seguir Jesus Cristo”, advertiu.

O presidente da celebração desejou, por isso, que a presença no santuário ajude todos a inciar “um processo de conversão contínua, renunciando a si mesmos e assumindo a cruz cada dia, imitando Maria, a Mãe de Jesus”.

Nesse sentido, o bispo brasileiro sublinhou que “tomar a cruz” no tempo de Jesus Cristo significava “aceitar ser um marginalizado, ser tratado como bandido da pior espécie pelo sistema injusto que legitimava a injustiça”.

“‘Tomar a sua cruz’, hoje em dia, é enfrentar a ditadura do prazer que nos torna cegos para o valor evangélico do sofrimento. Não se trata de apologia da dor e do sofrimento, mas de resgatar a força libertadora, redentora e evangelizadora da cruz”, acrescentou.

D. Wilmar Santin questionou os presentes sobre o lugar que Jesus ocupa nas suas vidas, advertindo que “responder com a boca, é fácil”.

“Para dar uma resposta verdadeira é necessário interrogar o nosso coração para perceber o lugar que Cristo ocupa na nossa existência”, precisou.

OC

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Agência ECCLESIA

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