Procissão das Velas marcada por alerta contra perigos da guerra
Fátima, 13 ago 2021 (Ecclesia) – Os peregrinos do Santuário de Fátima evocaram hoje o Muro de Berlim, nos 50 anos do início da sua construção, durante a Procissão das Velas desta noite.
O padre Francisco Pereira, capelão da instituição, falou da importância deste momento celebrativo que lembra “os perigos do egoísmo e da guerra”.
“O amor de Maria é mais forte que a guerra dos homens”, disse o sacerdote, numa intervenção divulgada pelo santuário nacional.
Os presentes na Cova da Iria viram um rosário feito com pedaços do Muro de Berlim, rezando para que “os muros que separam as pessoas sejam derrubados”.
O Muro de Berlim começou a ser construído nesta cidade alemã, na noite de 12 para 13 de agosto de 1961, tendo sido demolido a 9 de novembro de 1989.
Numa das entradas do lado sul, o Santuário de Fátima tem simbolicamente um pedaço deste Muro; o bloco, que pesa 2,6 toneladas e mede 3,6 por 1,2 metros, foi oferecido por um português residente na Alemanha e o arranjo do monumento, inaugurado em 1994, é do arquiteto José Carlos Loureiro.
Na lápide junto, foram inscritas as palavras proferidas por João Paulo II, na sua segunda visita a Fátima, em maio de 1991: “Obrigado, celeste pastora por terdes guiado com carinho os povos para a liberdade!”.
Na vitrina nº 19 da exposição permanente do Santuário “Fátima Luz e Paz”, patente no edifício da Reitoria, estão também vários pedaços de betão do Muro de Berlim.
OC
