Fátima: Peregrinos convidados a recordar passagens de João Paulo II

Vídeo e oração do Papa polaco marcam celebração nacional de ação de graças pela beatificação

Fátima, Santarém, 12 mai 2011 (Ecclesia) – A celebração da peregrinação internacional aniversária do 13 de maio vai evocar alguns “aspetos da relação entre João Paulo II e Fátima”, referiu hoje D. Virgílio Antunes, reitor cessante do Santuário.

“Amanhã [sexta-feira] no final da celebração, vamos passar um vídeo preparado no santuário, que foca os diferentes aspetos da relação do Papa e Nossa Senhora de Fátima” e os fiéis, “em uníssono, vão concluir a celebração com a primeira oração que João Paulo II fez”, quando em 1982 visitou o Santuário pela primeira vez, disse o responsável, em conferência de imprensa.

À imagem do que aconteceu no dia 1 de maio, data da beatificação do Papa polaco, vai ser distribuída uma “estampa” aos presentes no Santuário, com a referida oração.

A peregrinação aniversária de maio tem, este ano, o caráter de celebração nacional de “ação de graças” pela beatificação de João Paulo II”, por decisão da Conferência Episcopal Portuguesa.

O santuário mariano, situado a 130 quilómetros a norte de Lisboa, tem espalhados alguns sinais evocativos desta celebração, “que tornam visíveis a figura do beato João Paulo II”, explicou o ainda reitor Virgílio Antunes, futuro bispo de Coimbra.

Em particular, destaque para os painéis colocados no Santuário que chamam a atenção para o acontecimento, um arranjo junto à estátua do agora beato João Paulo II e uma “chama que arde como sinal da vivacidade da fé”.

O bispo de Leiria – Fátima, D. António Marto, afirmou que Fátima se une à “exortação da Igreja universal pelo dom da beatificação e do reconhecimento da santidade” de João Paulo II, um papa particularmente ligado a Fátima “dando-lhe uma projeção universal”.

O prelado recordou, na conferência de imprensa, três marcas que o Papa polaco deixou em Fátima referindo haver “gestos simbólicos que encerram a riqueza de uma grande mensagem”.

Para António Marto, merece realce a “longa e silenciosa oração diante da imagem de Nossa Senhora”, na primeira vista, em 1982, gesto este “completado pela consagração do mundo ao imaculado coração de Maria”.

A oferta da bala do atentado que sofreu na Praça de São Pedro, em 1981, que agora está incrustada na coroa da imagem de Nossa Senhora, na Capelinha, é para o bispo de Fátima “sinal de ação de graças por ter sido salvo, através da mão protetora de Maria”.

“A bala está como testemunho da coragem e da fé de milhões de mártires do século XX, de mártires cristãos de todas as confissões”, indicou.

No ano 2000, última visita do Papa polaco, para a beatificação dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, João Paulo II legou o primeiro anel do seu pontificado, como “símbolo do amor esponsal à sua Igreja”.

“Um gesto de quem se sente perto do final da sua missão, que quer introduzir a Igreja no novo milénio, de quem se vem despedir e ao mesmo tempo agradecer à mãe todo o auxílio e confiar para os novos tempos que vivemos”.

Papa o bispo de Leiria-Fátima, João Paulo II era um Papa que se “confiava em tudo a Deus e a Nossa Senhora”, tendo enfrentado “ameaças dramáticas que pesavam sob a humanidade e o levaram a ser peregrino da paz aos 4 cantos do mundo”.

A peregrinação que hoje à tarde se inicia em Fátima vai ser presidida pelo cardeal Sean O’Malley, arcebispo de Boston (EUA), que já presidiu à peregrinação dos migrantes, em agosto de 2007, tendo estado também em Fátima, em maio de 2010, durante a visita de Bento XVI.

LS/OC

Notícia atualizada às 17:35

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