Caso relaciona-se com queda de criança brasileira, que ficou em coma
Cidade do Vaticano, 20 abr 2017 (Ecclesia) – O caso considerado como milagre que abriu caminho à canonização dos beatos Francisco e Jacinta Marto, que vão ser declarados santos a 13 de maio, em Fátima, relaciona-se com a queda de uma criança, que ficou em coma.
O milagre reconhecido pelo Papa no último dia 23 de março, diz respeito a uma criança brasileira, que na época tinha seis anos.
A página brasileira da Rádio Vaticano reproduz um artigo da vaticanista Stefania Falasca, do jornal católico italiano 'Avvenire', na qual a também vice-postuladora da causa de canonização de João Paulo I adianta que a criança estava em casa do avô, brincando com uma irmã, quando caiu por acidente de uma janela, de cerca sete metros de altura, “sofrendo um grave traumatismo crânio-encefálico, com a perda de material encefálico”.
A criança foi levada ao hospital, em coma, e operada.
Segundo os médicos, caso sobrevivesse, o menor “viveria em estado vegetativo ou, na melhor das hipóteses, com graves deficiências cognitivas”.
“Milagrosamente, após três dias, a criança recebeu alta, não sendo constatado qualquer dano neurológico ou cognitivo”, acrescenta a informação.
A 2 de fevereiro de 2007, uma equipa médica consultada pelo Vaticano parecer positivo unânime sobre o caso, como "cura inexplicável do ponto de vista científico".
No momento do incidente, o pai da criança invocou Nossa Senhora de Fátima e os dois pequenos beatos; os familiares e uma comunidade de religiosas de clausura rezaram com insistência, pedindo a intercessão dos Pastorinhos de Fátima.
A postuladora da causa de canonização dos Beatos Francisco e Jacinta Marto, irmã Ângela Coelho, tinha referido à Agência ECCLESIA que o milagre necessário para a canonização, após a beatificação de 13 de maio de 2000, tinha “todas as condições” para ser validado.
“É bonito por isto mesmo: duas crianças cuidam de uma criança”, referiu a irmã Ângela Coelho.
Os trâmites processuais para o reconhecimento de um milagre, por parte do Papa, acontecem segundo normas estabelecidas em 1983.
A Congregação para as Causas dos Santos (Santa Sé) promove uma consulta médica sobre a alegada cura, para saber se a mesma é inexplicável à luz da ciência atual, feita por peritos; o caso é depois submetido à avaliação de consultores teológicos e de uma sessão de cardeais e bispos.
A aprovação final depende do Papa, que detém a competência exclusiva de reconhecer uma cura como verdadeiro milagre.
OC
Notícia atualizada, com novas referências de fontes