Responsáveis do Santuário acompanharm viagem da imagem da Capelina das Aparições ao Vaticano
Fátima, Santarém 16 out 2013 (Ecclesia) – A postuladora da causa de canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta ofereceu ao Papa um estojo com relíquias dos beatos de Fátima e um fragmento da azinheira onde Nossa Senhora apareceu, na Cova da Iria.
“Disse ao Papa Francisco que em Portugal os pastorinhos Francisco e Jacinta são modelo de amor pelo Papa e inspiradores da nossa oração e da oferta dos nossos sacrifícios e da nossa vida pelo Santo Padre. Ele beijou carinhosamente as relíquias e disse: «Sim, rezem por mim»”, recorda a irmã Ângela Coelho, que esteve no Vaticano entre sábado e domingo, para acompanhar a imagem original de Nossa Senhora de Fátima.
“Não vou esquecer o mistério que me foi dado viver de cumprimentar dois Papas num dia”, acrescenta a religiosa, em declarações ao Gabinete de Informação e Comunicação da Diocese de Leiria-Fátima (GIC).
Marco Daniel, diretor do Museu do Santuário de Fátima e responsável pela secção de Arte e Património da instituição, foi o ‘guardião’ da imagem venerada na Capelinha das Aparições e confessa que “cada momento foi repleto de emoção e de especial”.
O responsável revelou que o primeiro momento, mesmo “sem grande aparato e ainda longe das multidões” foi a receção pelo arcebispo Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, dicastério responsável pela organização da Jornada Mariana de Roma, no Ano da Fé.
Depois, os membros da delegação do Santuário de Fátima encontraram-se com o Papa emérito Bento XVI, que acolheu a imagem de Nossa Senhora de Fátima antes desta seguir em procissão até à Praça de São Pedro.
“Foi significativo, depois de Nossa Senhora o ter acolhido no Santuário de Fátima, ser agora a sua vez de a acolher”, considera Marco Daniel que revelou que todos foram convidados, pelo Papa emérito, a dirigirem-se para a capela.
“A imagem foi colocada ao centro e Bento XVI presidiu a uma oração mariana breve, mas muito expressiva. No final, aproximou-se da imagem e agarrou-se com uma expressão de enorme afeto e devoção”, assinala.
“Impressiona-me sempre esta relação física que os vários Papas estabelecem com esta escultura, sinal bem evidente da sua representatividade para a devoção mariana na Igreja”, acrescenta Marco Daniel.
A irmã Ângela Coelho diz ter testemunhado um “momento histórico para a Igreja e para o mundo” e revela que “o amor que as pessoas sentem e manifestam” foi o que mais a impressionou.
“As pessoas mostravam carinho, cantavam, acenavam, rezavam, suplicavam e agradeciam, à medida que a imagem passava por elas”, acrescenta.
GIC/CB/OC