Fátima: Museus religiosos debatem políticas de aproximação sustentada à sociedade

Colóquio da Associação Portuguesa de Museologia realça importância do estabelecimento de parcerias com entidades estatais e turísticas

Fátima, 25 out 2011 (Ecclesia) – Responsáveis de museus religiosos e especialistas em arte sacra, a nível nacional, estão hoje reunidos num colóquio em Fátima para debater políticas que permitam uma aproximação sustentada entre aquele tipo de património e a sociedade.

A iniciativa, denominada “Políticas Museológicas: Património religioso”, foi lançada esta segunda-feira pela Associação Nacional de Museologia, em colaboração com o Museu de Arte Sacra e Etnologia (MASE).

Para o diretor desta instituição, ligada aos Missionários da Consolata, “há ainda um grande desconhecimento do significado do património religioso, para que é que serve e em que contexto é que foi criado”.

“Temos de estar mais próximos da comunidade, para que as pessoas possam aprender, conhecer e também divulgar as nossas coleções”, frisou Gonçalo Cardoso, em declarações à Agência ECCLESIA.

De acordo com os responsáveis que acorreram às instalações do MASE, este processo terá de passar pela implementação de “parcerias” com organismos da sociedade civil e do Estado, de forma a chegar aos “diferentes tipos de público”.

“Não podemos cair na tentação de ser elitistas mas sim criar formas de aqueles que estão menos familiarizados com o museu religioso possam aprender”, acrescentou o diretor daquele núcleo museológico de Fátima, que assinala este ano o seu vigésimo aniversário.

A apresentação de um roteiro e a criação de uma Liga de Amigos foram duas formas que o MASE encontrou, durante o mês de outubro, para reforçar a divulgação do seu espólio de uma forma sustentada, uma vez que há sempre um “problema financeiro” a ter em conta.

Segundo Gonçalo Cardoso, a questão económica é incontornável e tem sido “muito debatida” durante o colóquio, de forma a se encontrarem “estratégias para aumentar visitantes e receitas”.

A médio prazo, uma das possibilidades passa por um maior aproveitamento da área do Turismo, através do estabelecimento de protocolos com agentes do setor, como hotéis, restaurantes, agências de viagens.

Num conjunto das boas práticas apresentadas ao longo do evento, que termina ao final da tarde, sobressai o Museu de São Roque, da diocese de Lisboa, que tem vindo a desenvolver “ações dirigidas a guias, intérpretes turísticos e rececionistas de hotéis”.

O encontro “Políticas Museológicas: Património religioso” está integrado no âmbito do Ano Nacional dos Museus.

JCP

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