Eugénia Sá vai todos os anos ao Santuário, na companhia dos filhos e netos, e diz que «as maiores conversões a que assistiu vieram da estrada»
Lisboa, 10 mai 2012 (Ecclesia) – Ir a pé a Fátima começou por ser uma experiência forçada para Eugénia Sá, mas transformou-se progressivamente numa caminhada indispensável e numa tradição familiar que ainda hoje, aos 83 anos, continua a alimentar.
A história teve início em 1977, quando “uma sobrinha lhe pediu para ir com ela até Fátima”, conta a peregrina, que recebeu a ECCLESIA na sua residência no Estoril, Diocese de Lisboa.
“Ela estava complicada lá com as suas coisas e queria ir a pé pedir a Nossa Senhora. Nunca o tinha feito e eu ainda menos, nem tinha posto sequer esse problema”, recorda a idosa.
No entanto, o primeiro contacto de Eugénia Sá com o caminho do Santuário foi de tal maneira “forte” e inesquecível que “nunca mais deixou de ir”.
“Todos os anos é diferente, os filhos foram crescendo comigo, agora já vão netos de 17, 18 anos”, adianta esta devota de Maria, que 35 anos depois percebe um pouco melhor a força que atrai as pessoas à Cova da Iria.
“A maior parte das conversões a que eu assisti vieram todas da estrada, muita gente com problemas horríveis fizeram ali grandes caminhos e hoje em dia são homens e mulheres fantásticos”, sublinha.
Para esta estorilense, “o principal não é ir pé a Fátima” mas sim “aquilo que se faz depois cá fora”.
“As idas servem para chamar cada pessoa à responsabilidade”, à sua vocação de “santidade”, realça Eugénia Sá, lamentando a falta de pessoas “comprometidas” com Nossa Senhora.
“Eu acho que as pessoas andam muito distraídas”, conclui.
A experiência da peregrina de 83 anos vai ser apresentada no programa ECCLESIA desta sexta-feira, na Antena 1, a partir das 22h45.
Uma emissão que antecede as cerimónias de 12 e 13 de maio, no Santuário de Fátima, que deverão contar com a presença de centenas de milhares de fiéis.
PRE/JCP