Fátima: Missionários da Consolata mobilizados para apoiarem «quem sofre» na sociedade portuguesa

Peregrinação nacional juntou milhares de pessoas em volta da memória do fundador da congregação, o padre José Allamano

Fátima, Santarém, 17 fev 2014 (Ecclesia) – O superior provincial dos Missionários da Consolata destacou a necessidade de uma maior aproximação “a quem sofre” na sociedade portuguesa, durante a 24.ª peregrinação nacional da congregação ao Santuário de Fátima.

Em declarações à Agência ECCLESIA, o padre António Fernandes salientou que apesar da missão sempre ter sido entendida “como um partir para fora” e essa parte “não poder ser esquecida”, os desafios atuais exigem “uma nova forma” de atuação, mais virada para um trabalho de proximidade.

Proximidade “às pessoas no seu dia-a-dia”, às suas “experiências quotidianas”, a quem está mais carenciado, não só em termos socioeconómicos mas também em termos de fé, de quem “ainda não conhece a maravilha do amor de Deus manifestado na sua vida”, realçou o sacerdote.

A reunião dos missionários da Consolata em Fátima congregou milhares de participantes e teve como figura central o fundador da congregação, o beato José Allamano, “para um maior conhecimento da sua santidade e com vista à sua canonização”.

Uma das iniciativas em destaque, durante o programa da peregrinação, foi a presença de uma tocha vinda de Itália, acesa a 21 de janeiro, data de nascimento de José Allamano, e que passou de mão em mão por todos os participantes.

Sob o lema “Para ser missionário é preciso ter fogo”, o evento procurou dar a conhecer aos mais novos “as vivências e virtudes” do sacerdote italiano, “tornando-o numa referência para os jovens”.

O superior provincial dos Missionários da Consolata frisou a importância de celebrar a vida de alguém que “abriu a igreja de Turim ao mundo inteiro e principalmente celebrar a alegria do Evangelho presente em todas as culturas e em todos os povos”.

Agradeceu ainda a todas as pessoas que, na retaguarda, “rezam” pelo sucesso da obra da Consolata e que todos quantos “acompanham também economicamente” a missão, “com os seus sacrifícios”.

 As celebrações incluídas na peregrinação foram presididas pelos bispos Francisco Lerma, de Moçambique, e José Ponce de León, da Suazilândia.

Na mensagem que deixou aos participantes, o prelado da Suazilândia recordou a definição que o Papa deu à missão através da exortação “A alegria do Evangelho”.

Naquele documento, Francisco referiu que o trabalho missionário deve refletir uma “paixão por Deus e pela humanidade”.

D. José Ponce de León destacou ainda a importância do contributo de todos os fiéis, da “grande família de Deus espalhada por todo o mundo”, para a missão da Igreja Católica.

“A missão não é da responsabilidade de um bispo, de um sacerdote ou de uma religiosa, todos têm de sentir-se comprometidos”, sublinhou.

PR/JCP

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Agência ECCLESIA

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