Fátima: Mensagem das aparições ganha nova vida com ajuda da dança

Santuário estreia «O dia em que o sol bailou», da Vortice Dance Company

Fátima, 11 mai 2016 (Ecclesia) – Os coreógrafos e bailarinos Cláudia Martins e Rafael Carriço trabalharam durante mais de um ano para dar vida ao espetáculo multidisciplinar ‘O dia em que o sol bailou’, que leva ao palco a Mensagem de Fátima, através da dança.

“A mensagem toca todos, acreditando-se ou não, porque é enorme em termos de conteúdo. As pessoas podem esperar ver coisas que já viram, mas ditas de uma forma diferente”, explica Cláudia Martins à Agência ECCLESIA.

A primeira apresentação do espetáculo, reservada às escolas e colégios de Fátima e Leiria, está marcada para hoje às 14h30; a estreia está marcada para esta sexta-feira, dia 13 de maio, pelas 21h00, com repetição, dois dias depois, pelas 16h00, no grande auditório do Centro Pastoral de Paulo VI, em Fátima.

Rafael Carriço assinala que o objetivo é “dizer a mensagem de Fátima” através de novas disciplinas, esperando que o público “adira” ao espetáculo.

O título da obra coreográfica remete para última aparição da Virgem Maria na Cova da Iria, a 13 de outubro de 1917, e o projeto cruza várias “disciplinas artísticas” como o vídeo, a figuração em holograma, a cenografia 3D e figurinos recicláveis, que procuram “amplificar” o movimento da dança.

Cláudia Martins sublinha a “profunda admiração” pelos três videntes, Lúcia, Francisco e Jacinta, em particular à sua “grande capacidade de amor, de sofrimento, de oferta”.

“Isso é algo em que refletimos muito, nos ensaios, porque a dança custa, é algo que dói”, observa.

A génese criativa passou a etapa da investigação dos conteúdos, antes da fase de pesquisa e de construção de todo o grafismo que serve de suporte ao espetáculo.

Rafael Carriço, diretor artístico do espetáculo com bailarinos de várias nacionalidades, recorda que em 1917 havia apenas imagens a preto e branco, sem movimento.

“Nós começamos o espetáculo em 1917, na primeira aparição de Nossa Senhora, o primeiro diálogo, e pensamos muito sobre qual era a cor que existia na altura”, relata.

Essa preocupação ficou patente na escolha da cor dos figurinos, nos vídeos projetados e na sonoplastia.

“A nossa ideia é, através da imagem, provocar um ‘frame’, uma fotografia, que seja uma espécie de link para chegar a Maria. Algumas pessoas podem não acompanhar o processo todo, toda a narrativa, mas podem ver um link que leva o espetador à mensagem de Fátima”, precisa Rafael Carriço.

A ‘Vortice Dance Company”, que em 2016 completa 15 anos, está sediada em Fátima e essa ligação reflete-se no trabalho agora realizado.

Cláudia Martins vê no santuário uma instituição “sempre atual” e um espaço “contemporâneo”.

A primeira encomenda do Santuário à companhia de dança ocorreu em 2006, com a peça ‘A solo com os anjos’, desenvolvida para as celebrações dos 90 anos das aparições do anjo na Cova da Iria.

Após as apresentações em Fátima, o espetáculo estará em cena em Portugal, no Teatro Municipal de Bragança, e no Brasil, passando por cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Natal, entre outras.

OC

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