Fátima: Maio e a presença do Papa são momentos altos do Centenário

Reportagem da Agência ECCLESIA junto de peregrinos que estiveram nas cerimónias de 12 e 13 de outubro

Fátima, 13 out 2017 (Ecclesia) – Os peregrinos que acompanharam em Fátima as celebrações de 12 e 13 de outubro, elegem o mês de maio e a presença do Papa como os momentos altos do Centenário das Aparições.

“O 13 de maio foi uma loucura, uma coisa que nunca tinha visto na minha vida”, partilhou uma peregrina portuguesa, em declarações à Agência ECCLESIA.

“Um dia único, não é todos os dias que se comemora 100 anos destas aparições, e por isso estou muito grato”, acrescentou outro dos muitos peregrinos portugueses que encheram o recinto de oração, de modo individual ou de forma organizada.

“Embora o nosso grupo venha sempre, já há 12 anos que vimos a pé a Fátima, mas este ano sem dúvida foi o Papa que chamou mais peregrinos”, reforçou Cristina Alves, que veio de Sintra.

As cerimónias de 12 e 13 de outubro, que marcam o encerramento das comemorações do Centenário das Aparições de Fátima (1917 – 2017) foram acompanhadas por milhares de peregrinos cada um com a sua história para contar.

“Hoje já vi lágrimas, e também me emociono ao explicar a grande graça que é estarmos aqui”, confidenciou Teresa Torres, uma guia interprete que acompanha grupos vindos dos Estados Unidos da América.

Além da presença de Francisco, ela apontou também a canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta, que também teve lugar em maio deste ano.

“Os exemplos tão frágeis, tão pequeninos dos pastorinhos, acho que tocou muito os peregrinos e a nós também”, salientou.

Um casal norte-americano, que veio “pela primeira vez” a Fátima, mostrou-se emocionado com a procissão das velas da noite de 12 para 13, “com milhares de pessoas” em oração e toda a “luminosidade” que se gerou.

“Foi algo de deslumbrante”, salientaram.

Encontrámos também “um grupo de jovens e sacerdotes” espanhóis, provenientes de Madrid.

“Sempre quisemos vir a Fátima e é um local onde devemos vir pelo menos uma vez na vida”, apontou um dos peregrinos, que admitiu ter nas suas intenções também a paz no seu país, numa altura de instabilidade por causa da situação na Catalunha.

Uma religiosa carmelita, vinda do Brasil, enalteceu “um centenário que marcou a história do mundo” e “uma mensagem que continua atual para o mundo de hoje”.

E constatámos ainda o impacto do Centenário em muitos peregrinos vindos de África, como por exemplo de África do Sul

“Sinto-me abençoada por poder ter acompanhado esta celebração dos 100 anos de Fátima”, disse uma peregrina vinda do Lesoto, e que tem a particularidade de ter abraçado a fé católica há muito pouco tempo.

“Agora tenho a graça de ter a intercessão de Maria junto de Deus a cada momento”, frisou.

Do mesmo continente, mas proveniente do Burkina Faso, uma peregrina enalteceu a força de um local de oração onde as pessoas podem aceder “a inúmeras graças, por intercessão de Maria”, um bem “inestimável”.

As cerimónias do Centenário foram também uma ocasião para recordar momentos da relação pessoal entre as pessoas e o Santuário de Fátima.

“O mais especial para mim foi a primeira vez que aqui vim, com sete anos, e a minha mãe chamou-me para ver a procissão das velas. E aí eu comovi-me muito. Era uma criança e vim sete horas a pé”, lembrou uma emigrante portuguesa.

PR/JCP

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Agência ECCLESIA

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