Fátima: Igreja Católica celebrou pela primeira vez festa dos Santos Francisco e Jacinta Marto

«Que o exemplo da sua vida nos toque», pediu o reitor do Santuário de Fátima

Foto: Santuário de Fátima

Fátima, 20 fev 2018 (Ecclesia) – A Igreja Católica celebra hoje, pela primeira vez, a festa litúrgica dos Santos Francisco e Jacinta Marto, videntes de Fátima que foram canonizados a 13 de maio de 2017 pelo Papa Francisco.

“Ao longo deste dia, demos graças a Deus por este dom maravilhoso desta santidade reconhecida dos Santos Francisco e Jacinta, pelo exemplo que a Igreja nos apresenta nas suas vidas. E recorramos também à sua intercessão, para que saibamos viver uma vida de oração mais intensa, estar atento aos outros”, pediu o reitor do Santuário de Fátima, ao presidir à Missa votiva desta festa, na Basílica da Santíssima Trindade.

“Que o exemplo da sua vida nos toque”, acrescentou o padre Carlos Cabecinhas, no final da celebração.

O programa no Santuário de Fátima continua às 14h00, num encontro com crianças, na mesma Basílica, seguido da oração do Rosário; pelas 16h00 haverá uma visita aos túmulos dos Pastorinhos, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

Este momento de veneração será acompanhado musicalmente pela Schola Cantorum Pastorinhos de Fátima, e culmina com as vésperas, marcadas para as 17h30.

A canonização aconteceu no início da Missa da primeira peregrinação aniversária do Centenário das Aparições, quando Francisco proferiu a fórmula de canonização, em português: “Declaramos e definimos como Santos os Beatos Francisco Marto e Jacinta Marto e inscrevemo-los no Catálogo dos Santos, estabelecendo que, em toda a Igreja, sejam devotamente honrados entre os Santos. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.

O momento foi sublinhado com duas salvas de palmas pelas centenas de milhares de pessoas presentes no recinto de oração da Cova da Iria.

Antes da ladainha dos santos, o bispo de Leiria-Fátima apresentou uma breve biografia de ambos, falando em vidas “entregues a Deus”.

“Na primeira aparição, em 13 de maio de 1917, a Santíssima Virgem fez-lhes um convite: «Quereis oferecer-vos a Deus?». Com sua prima, Lúcia, responderam: «Sim, queremos». A partir dessa data viveram as suas vidas entregues a Deus e aos Seus desígnios de misericórdia”, referiu D. António Marto.

“Os traços de espiritualidade dos dois irmãos assumem uma vocação inseparavelmente contemplativa e compassiva, que os leva a ser espelho da luz de Deus na prática das boas obras”, sublinhou ainda.

Francisco Marto e Jacinta Marto eram os mais novos dos sete filhos de Manuel Pedro Marto e Olímpia de Jesus, naturais do lugar de Aljustrel, Fátima.

Francisco nasceu a 11 de junho de 1908 e foi batizado no dia 20 desse mês, na igreja paroquial de Fátima; Jacinta Marto nasceu a 5 de março de 1910, tendo sido batizada no dia 19 desse mês, também na igreja paroquial de Fátima.

As duas crianças começaram a pastorear o rebanho da família ainda muito novos, juntamente com sua prima Lúcia.

São Francisco Marto, “o mais contemplativo dos três videntes”, morreu a 4 de abril de 1918; a sua irmã Santa Jacinta morreu a 20 de fevereiro de 1920, no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, data da festa litúrgica dos videntes.

Francisco e Jacinta Marto foram beatificados por São João Paulo II, em Fátima, a 13 de maio de 20000; 17 anos depois, tornavam-se assim os mais jovens santos não-mártires da história da Igreja Católica, por decisão do Papa Francisco.

A canonização é a confirmação, por parte da Igreja, que um fiel católico é digno de culto público universal (no caso dos beatos, o culto é diocesano) e de ser dado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade.

Este é um ato reservado ao Papa, desde o século XII, a quem compete inscrever o novo Santo no cânone.

OC

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Agência ECCLESIA

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