Fátima: D. Manuel Clemente manifesta admiração pela «coragem» dos peregrinos

Cardeal-patriarca de Lisboa sublinha «verdade garantida» das aparições de 1917

Fátima, Santarém, 12 mai 2016 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa manifestou hoje em Fátima a sua admiração pela “coragem” dos peregrinos e sublinhou a “verdade garantida” das aparições de 1917 na Cova da Iria.

“Deixai-me dizer-vos, caríssimos peregrinos, o muito que vos estimo e admiro, pela coragem de sair de casa e fazer-se à estrada, persistindo, rezando e ansiando por chegar aqui, como finalmente estais”, declarou D. Manuel Clemente, na Missa da Vigília da peregrinação internacional do 13 de maio.

Na reta final da preparação para o centenário das aparições (1917-2017), o cardeal-patriarca sustentou que há “muitas razões” para dar crédito a Fátima, “como o fez a autoridade eclesiástica em 1930 e os sucessivos Papas”.

D. Manuel Clemente recordou os “pronunciamentos e visitas” ao santuário de vários pontífices, “como o próprio Papa Francisco no ano que vem”.

“A verdade garantida de Fátima está na sua coincidência com a própria verdade evangélica”, declarou.

Perante milhares de pessoas, que participaram na procissão de velas, acompanhando a imagem de Nossa Senhora de Fátima, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa apresentou uma reflexão sobre a “visitação” de Maria à sua prima Isabel.

“Como Maria a caminho da casa de Isabel, fostes transportados por sentimentos de solidariedade e compaixão”, disse aos peregrinos.

A intervenção recordou as intenções dos presentes, “por algum familiar ou amigo, que espera saúde, trabalho ou paz”, bem como em relação à paz no mundo.

D. Manuel Clemente sublinhou depois a importância de ir ao encontro dos outros, “carentes de visita, serviço e companhia”.

“Onde depararmos com sinais desta Visitação salvadora, temos a garantia da sua verdade. É essa a maravilha e o milagre de sempre. Foi esse, muito principalmente, o milagre de Fátima”, explicou.

O cardeal-patriarca refletiu sobre as “recomendações” que a Virgem Maria deixou aos pastorinhos, em 1917, de conversão e oração pela paz.

“No pouco tempo que Francisco e Jacinta permaneceram neste mundo, tudo foi vontade de salvar os outros pela entrega de si próprios, atingindo, ainda crianças, uma tão grande maturidade de fé e de obras”, lembrou.

O presidente da Conferência Episcopal deixou votos de que todos os peregrinos partam de Fátima “mais fortes e comprometidos”, para “cada encontro com os outros, na rua, no trabalho e em casa, onde for mais preciso e mais urgente”.

O Santuário anunciou que estão previstas 177 peregrinações organizadas, oriundas de 34 países.

Milhares de pessoas percorreram a pé o percurso até Fátima, de vários pontos de Portugal, para participar nas celebrações da peregrinação internacional de maio.

OC

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