Cardeal presidiu a Missa na solenidade da Imaculada Conceição
Fátima, 09 dez 2019 (Ecclesia) – O cardeal D. António Marto alertou este domingo no Santuário de Fátima denunciou este domingo a “chaga social” da corrupção, falando aos peregrinos reunidos na Cova da Iria para a celebração da solenidade da Imaculada Conceição.
“A santidade no mundo concreto do dia- a dia é o melhor e o mais forte antídoto contra a corrupção, que é uma chaga social difícil de curar, um cancro difícil de extirpar até às suas raízes”, declarou, numa intervenção divulgada pela sala de imprensa da instituição católica.
O bispo de Leiria-Fátima assinalou a importância da “cultura da honestidade” e desafiou os milhares de peregrinos a não baixar os braços na luta contra a corrupção.
“Amanhã comemora-se o Dia Internacional contra a corrupção: não nos esqueçamos disso”, alertou, convidando todos “a ser honestos, primeiro com Deus; depois consigo mesmo e com a própria consciência; e, finalmente com os outros, na atividade económica, na atividade política, em toda a atividade social”.
“Não deixemos corromper a nossa consciência, que é aquilo que é mais sagrado, pois é o lugar sagrado onde Deus nos fala e nos interpela”, exortou D. António Marto.
O cardeal português apresentou a figura da Virgem Maria como exemplo de santidade da vida quotidiana, “dos pequenos gestos”.
“Um gesto de ternura, uma ajuda generosa, um tempo dispensado a alguém que precisa de companhia, uma visita a quem está só, triste ou abandonado, uma palavra boa de conforto a quem anda abatido, um afeto, um carinho que faz sentir ao outro que nos é querido, uma partilha…Podem parecer gestos insignificantes mas aos olhos do Deus são gestos santos e eternos, porque só o amor é eterno”, exemplificou.
No final da celebração, e depois de uma despedida em várias línguas, D. António Marto recordou o 50.º aniversário de ordenação sacerdotal do Papa Francisco, que se assinala no próximo dia 13 de dezembro.
OC