Fátima: Cultura, jovens e tecnologia, desafios e encontros na realidade diocesana

Fátima, 03 jun 2017 (Ecclesia) – O Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura promove a sua jornada dedicada à juventude, no âmbito do Sínodo dos Bispos 2018, onde foram apresentadas três realidades dioceses tendo presente a tecnologia, útil à evangelização juvenil e à cultura.

Da Diocese de Aveiro a partilha foi centrada nas novas tecnologias com Fernando José Cassola Marques, doutorando em Informática, que realçou que a ligação entre cultura e tecnologia que “invadem todos os dias” a vida das pessoas.

“Comunicamos muito mais e com mais meios do que há 20 anos”, observou, acrescentando que se mudaram “práticas culturais influenciadas pelas tecnologias”.

Hoje existe um “maior deslumbramento” pela tecnologia e o “tempo passado ao ar livre”, a brincar ou conversas, substitui-se “por horas nas tecnologias”, onde a televisão é “individual e individualizadora”; A tecnologia “afeta jovens e adultos” que também estão “rendidos” às redes sociais, chats, jogos.

A 13.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura tem como tema ‘Out of the box: A relação dos jovens com a Cultura’, e realiza-se no âmbito do Sínodo dos Bispos 2018.

Fernando José Cassola Marques referiu vários exemplos de sítios na internet de presença católica – Esse Jota, Imissio, Cristo Jovem – e explicou que a relação dos jovens com a tecnologia “carece” por parte da Igreja de “muito trabalho”.

“É essencial estar na internet para anunciar” e o “testemunho é o ponto de partida para a nova evangelização no mundo digital”, afirmou o especialista, na Casa ‘Domus Carmeli’.

Para fazer diferença, segundo o doutorando em Informática, é preciso “ser sincero” no que se partilha online, ter uma presença constante e não apenas de interesse “para convocar ou anunciar eventos”, “comunicar com qualidade”, dar feedback e não exagerar na comunicação”

Em Fátima, a diretora da Pastoral da Cultura de Bragança-Miranda começou a partilha de uma realidade diocesana onde a relação com os jovens “é mais pastoral da adolescência” porque a partir dos 18 anos muitos vão estudar para outras cidades e “a grande, grande maioria não volta”.

Segundo Fátima Pimparel com a Pastoral Juvenil têm “procurado que as atividades sejam atrativas” aos jovens e já propuseram “descentralizar” as atividades porque existem “vilas e cidades sem proposta cultural durante meses”, como fizeram com uma peça de teatro.

Já o responsável pela Pastoral da Cultura da Diocese de Angra partilhou a realidade de um secretariado que tem serviços multiplicados por nove ilhas onde em São Jorge e em São Miguel têm equipas “empenhadas nesse trabalho” que integram jovens.

Dando como exemplo experiência passadas e de futuro, o padre Ricardo Tavares deu como exemplo o facto de os jovens terem escolhido como tema para este ano as festas do Divino Espírito Santo, “não só para tirar valores da tradição”, com “mais de 500 anos”, mas “abordagem nova” com perspetivas bíblicos, filosóficos, sociológicos, académicas.

“Ver Espírito Santo como pessoa, um amigo que acompanha na formação”, acrescentou.

Para o futuro, o padre Ricardo Tavares, que pratica Karaté desde a infância, adiantou um projeto que concilia a arte marcial com a música, envolvendo o Conservatório de Ponta Delgada, apresentando o “desporto com múnus espiritual, auto transcendência e respeito pelo outro”.

A 13.ª Jornada Nacional da Pastoral da Cultura termina com a entrega do Prémio ‘Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes’ ao ator e encenador Luís Miguel Cintra, às 16h15.

CB

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Agência ECCLESIA

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