Arcebispo de Manaus preside à peregrinação de 12 e 13 de outubro, mês do Sínodo dos Bispos
Fátima, 12 out 2024 (Ecclesia) – O arcebispo de Manaus afirmou hoje na homilia da celebração da Palavra, em Fátima, que fazem parte da “grande família” que se encontra no santuário os que sofrem e os que cuidam da casa comum, “sempre mais destruída”.
“Eu vim a esta peregrinação e vieram no meu coração as comunidades da Amazónia, os povos indígenas, as comunidades ribeirinhas. Vieram os que sofrem com a falta de chuva, com a seca dos igarapés e a falta dos rios que antes eram caudalosos, e a falta de água. Coloco aos pés da Virgem a nossa Casa Comum, sempre mais destruída”, afirmou o cardeal Leonardo Steiner.
Na mensagem que dirigiu aos peregrinos presentes no recinto do Santuário de Fátima, após a Procissão das Velas, o cardeal brasileiro disse que a “multidão” presente no recinto forma “uma grande família” a celebrar “o cuidado de Deus” para com cada pessoa “em Nossa Senhora de Fátima”.
“Aqui nos apresentamos com nossas fragilidades do corpo e do espírito. Aqui estamos com os famintos, cegos, mudos, coxos, os de espírito mudo, como no tempo de Jesus”, afirmou.
“Aqui estamos com os andantes e desandantes das ruas e caminhos, os das esquinas da vida, para manifestar nosso desejo de participar do banquete da vida e da esperança”.
O arcebispo de Manaus desejou que todos possam “voltar para a quotidianidade da vida familiar e das comunidades de fé, fortalecidos e vivificados”, após a presença em Fátima.
“Aqui estamos agradecidos e suplicantes. Agradecidos pela graça de termos sido encontrados e atraídos pelo Pai do céu. Suplicantes porque necessitados, fragilizados, mas não despidos, não nus, porque estamos sob o manto da Mãe de Jesus e nossa. Nela todos nós esperançados. Por isso, confortados e agradecidos”, referiu.
O cardeal Leonardo Steiner lembrou que, com o bispo de Leiria-Fátima D. José Orneias, está a participar no Sínodo dos Bispos, em Roma, sobre a sinodalidade, que tem por tema “Como ser Igreja sinodal e missionária”, tendo-se deslocado ao santuário para celebrar com os peregrinos de Fátima.
“‘Como ser Igreja sinodal e missionária’. Como sermos todos filhos e filhas na graça de anunciarmos o Reino de Deus e Sua justiça. Como estarmos todos a juntos a caminho, como estamos aqui esta noite, com as nossas velas acesas, anunciando o Reino de Deus. Rezemos pelo Sínodo para que nos leve a ser uma Igreja cada vez mais viva e esperançada, sermos comunidade de fé que caminha com Jesus sob a proteção da Virgem, sermos comunidades que sabem acolher a todos, para que ninguém fique à margem, especialmente os pobres e migrantes, que ninguém se perca”, indicou.
Após a Procissão das Velas, a celebração da Palavra e a procissão do silêncio, a peregrinação internacional aniversária propõe aos peregrinos uma vigília de oração, ao longo da noite; na manhã do dia 13 de outubro, é celebrada no recinto do Santuário de Fátima a Missa, que termina com a bênção dos doentes e a procissão do adeus.
PR