Fátima: Cardeal Mauro Piacenza alerta para necessidade de preservar presença cristã no Médio Oriente

Peregrinação internacional da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre reúne 23 secretariados nacionais

Fátima, 12 set 2017 (Ecclesia) – O cardeal italiano D. Mauro Piacenza, presidente internacional da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), alertou hoje em Fátima para a necessidade de preservar presença cristã no Médio Oriente.

O responsável, penitencieiro-mor da Santa Sé, falava em conferência de imprensa, antes do início das celebrações da peregrinação internacional do 13 de setembro, na Cova da Iria.

D. Mauro Piacenza manifestou a sua preocupação com “focos” de potenciais “graves guerras”, lembrando que a AIS começou o seu trabalho há 70 anos, após a destruição do nazismo e da perseguição religiosa nos países do antigo bloco comunista do Leste da Europa.

“O panorama não é idêntico ao final da II Guerra Mundial, mas há muitíssimas necessidades”, assinalou, destacando a ação da fundação pontifícia junto das comunidades cristãs no Médio Oriente, “para que as terras bíblicas não fiquem desprovidas da vida cristã”.

Segundo o responsável, os esforços da AIS estão concentrados no Iraque e Síria, com reconstrução de casas e Igrejas, inclusive de comunidades ortodoxas, num esforço “ecuménico”, para que a presença cristã não se “evapore”.

A peregrinação da AIS, com mais de mil pessoas, acontece nos 70 anos da fundação e nos 50 anos da Consagração da Obra à Virgem Maria, que vai ser renovada.

O cardeal Mauro Piacenza sublinhou a ligação da AIS à mensagem de Fátima, “uma luz que diz toda a misericórdia de Deus com a sua gente”.

“A AIS quer ser baços e mãos desta solicitude”, acrescentou.

A conferência de imprensa contou com a presença do secretário-geral internacional da AIS, Philipp Ozores, que realçou a ação da fundação em 150 países para “fortalecer a Igreja Católica na sua mensagem de fé”, com particular ênfase nos cristãos perseguidos.

Catarina Martins de Bettencourt, diretora da Fundação AIS em Portugal, falou, por sua vez, numa peregrinação “muito importante”, considerando que a presença de mais de mil pessoas manifesta a “vitalidade da obra”, centrada nos que sofrem em todo o mundo “por causa da perseguição religiosa”.

A responsável deixou ainda uma homenagem a D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto, que faleceu esta segunda-feira, recordando a sua “simpatia, generosidade e partilha de afetos, especialmente para com os mais pobres”.

A peregrinação da AIS, fundada pelo padre Werenfried van Straaten, decorre até ao próximo dia 15, juntando benfeitores e colaboradores.

O cardeal Mauro Piacenza, penitencieiro-mor da Santa Sé, preside à peregrinação internacional aniversária de setembro no Santuário de Fátima, que evoca a quinta aparição de 1917.

As celebrações têm como tema ‘Mãe da Igreja, rogai por nós’ e contam até ao momento, segundo a instituição católica, com 108 grupos provenientes de 32 países, incluindo a peregrinação da Republica Checa, acompanhada pelo cardeal Dominik Duka, presidente da Conferência Episcopal local, que no final da celebração do 13 de setembro vai receber solenemente uma Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima.

OC

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