Fátima: Bispo pede ao novo reitor do Santuário que haja atenção à «crise socioeconómica»

D. António Marto presidiu à tomada de posse do padre Carlos Cabecinhas e deixou agradecimento a D. Virgílio Antunes, que assegurou o cargo desde 2008

Fátima, Santarém, 11 jun 2011 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, saudou hoje o novo reitor do Santuário de Fátima, padre Carlos Cabecinhas, na sua tomada de posse, pedindo que ali se manifeste atenção diante da “gravíssima crise socioeconómica” em Portugal.

“O atual momento da gravíssima crise socioeconómica que o nosso país atravessa não pode deixar de interpelar Fátima. Nesse sentido, Fátima é chamada a tornar-se cada vez mais ‘escola de caridade e de serviço aos irmãos’, como aqui nos lembrou o Papa Bento XVI”, disse o prelado, durante a cerimónia de tomada de posse a que presidiu esta manhã, aludindo à visita pontifícia de maio de 2010.

A celebração teve lugar às 11h00, na igreja da Santíssima Trindade, seguindo-se a oração de consagração, na Capelinha das Aparições, e uma sessão de cumprimentos, na sala de visitas da Reitoria.

Carlos Manuel Pedrosa Cabecinhas, de 40 anos, até agora capelão do Santuário, substitui o padre Virgílio Antunes, reitor desde 2008, que a 28 de abril deste ano foi nomeado bispo de Coimbra pelo Papa Bento XVI.

O bispo de Leiria-Fátima dirigiu-se diretamente ao novo reitor, sublinhando que o Santuário de Nossa Senhora de Fátima “tem estatuto de santuário nacional, com projeção mundial”.

“É com grande regozijo que te endereço as mais vivas e sentidas felicitações em nome pessoal e do episcopado português que, em assembleia plenária, ratificou, unanimemente, a tua indigitação para este cargo”, disse António Marto, que estendeu a saudação ao padre Cristiano Saraiva, reconduzido no cargo de administrador, acrescentando que “o Santuário fica confiado em boas mãos”.

O bispo de Leiria-Fátima centrou a sua homilia na “relevância do lugar e da missão do Santuário” na Igreja, no país e no mundo, declarando que “não se pode compreender a Igreja em Portugal sem Fátima nem se pode compreender Fátima sem a sua inserção no conjunto da Igreja em Portugal”.

A tomada de posse, indicou António Marto, “acontece um ano após a memorável visita do Papa Bento XVI, que mais uma vez veio lembrar a missão profética da mensagem de Nossa Senhora em Fátima”, e insere-se na “comemoração do centenário das aparições, já programado, em ordem a redescobrir toda a beleza, riqueza e profundidade da mensagem”.

“O programa das comemorações do centenário, em cuja elaboração participaste como perito, caro reitor, é um legado que de certo modo facilita a tua missão”, referiu ao padre Carlos Cabecinhas, de quem destacou os “dotes humanos, sacerdotais e inteletuais.

O bispo de Leiria-Fátima deixou uma palavra de gratidão ao anterior reitor, Virgílio Antunes, futuro bispo de Coimbra, admitindo que não esperava que o mesmo fosse “chamado tão cedo a uma nova missão”.

“Em nome pessoal, do episcopado português e dos peregrinos, quero deixar-te bem expressa aqui a nossa gratidão pelo zelo, amor, dedicação e inteligência que colocaste no teu serviço em estreita e leal colaboração com o bispo”, apontou.

O anúncio do nome do novo para reitor do Santuário de Fátima teve lugar a 5 de maio, no final da 177ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), realizada no Santuário, iniciando-se hoje um mandato de cinco anos, renovável após este período.

OC

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