Fátima: Bispo de Viseu defende «cultura de vida»

D. António Luciano presidiu à peregrinação do 13 de junho, sublinhando necessidade de respeitar o ser humano «desde o momento da conceção até à morte natural»

Foto: Santuário de Fátima

Fátima, 13 jun 2019 (Ecclesia) – O bispo de Viseu pediu hoje os peregrinos reunidos em Fátima, para a peregrinação do 13 de junho, que se empenhem em favor de uma nova “cultura de vida”, inspirados na figura da Virgem Maria, como mãe.

“Esta mãe é exemplo da mulher e da mãe que defende a vida dos seus filhos, desde o momento da conceção até à morte natural”, declarou D. António Luciano, na homilia da Missa a que presidiu no Recinto de Oração da Cova da Iria,

“A vida é um dom de Deus que nós devemos respeitar e promover em todos os momentos da existência humana”, insistiu o responsável, que presidiu pela primeira vez a uma peregrinação internacional aniversária.

Perante peregrinos de Portugal e de países dos cinco continentes, o bispo de Viseu apresentou Fátima como “um convite à conversão, à emenda de vida”, partindo do “grande mistério da luz de Deus” que ilumina as “trevas” da humanidade.

Foto: Santuário de Fátima

A intervenção evocou o “grande missionário” Santo António, cuja festa se celebra hoje, num ano que a Igreja Católica em Portugal dedica em particular à Missão, bem como centenário da construção da Capelinha das Aparições, “coração” do Santuário de Fátima, e o centenário da morte de São Francisco Marto.

O responsável católico convidou todos os presentes a entregar a sua vida “ao serviço do próximo”, apelando a uma “mudança radical” do mal para o bem.

A intervenção deixou um “pedido” especial pelas crianças e jovens, “em preparação para a Jornada Mundial da Juventude” que Portugal vai receber em 2022, para que neles despertem “sentimentos de alegria e de santidade”.

“Rezemos com confiança a Nossa Senhora de Fátima para que aumentem em toda a Igreja os discípulos de Cristo, santifique as famílias, santifique os jovens e conceda muitas vocações à Igreja”, concluiu.

Concelebraram a Missa  58 sacerdotes, cinco bispos e o cardeal D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima, que deixou uma mensagem aos peregrinos, no final da celebração.

Cada peregrinação aniversária tem uma tonalidade própria. Esta, de 13 de junho, faz ressoar, nos nossos corações, as palavras consoladoras que Nossa Senhora deixou aos Pastorinhos: ‘Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus’. Nossa Senhora dirige hoje, aqui e agora, esta palavra consoladora a cada um de nós. Ela mostra-se, através do seu coração materno: auxiliadora, amparo, conforto e misericórdia para os Seus filhos, a fim de que Eles possam ter sempre confiança na bondade e fazer frente às dúvidas, medos, sofrimentos e dramas da vida.”

Segundo os serviços do Santuário de Fátima, estiveram presentes peregrinos de Portugal, Espanha, França, Itália, Polónia, Alemanha, Holanda, Luxemburgo, Irlanda, Reino Unido, República Checa, Croácia, Brasil, Estados Unidos da América, Quénia, Filipinas, Coreia do Sul e Indonésia.

Foto: Santuário de Fátima

O bispo de Viseu tinha presidido, na quarta-feira, à Missa da noite, nesta peregrinação internacional, alertando para “um mundo esfacelado por tantas divisões, por tantas pessoas que continuam a abandonar os seus países, fazendo longos percursos humanos para fugirem à perseguição, à fome, à guerra e à falta de condições de vida.

“Queremos olhar para eles como nossos irmãos, pedindo à Virgem Maria, a Senhora das mãos orantes, que cuide deles com um amor de Mãe carinhosa que sabe cuidar de nós neste vale de lágrimas” afirmou.

D. António Luciano sublinhou a importância da mensagem “de amor, de esperança e de paz” deixada por Nossa Senhora em Fátima, há cem anos.

OC

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