Fátima: Bispo de Beja reza pelos que vivem «a angústia do sofrimento» e «da dor provocados pela guerra»

D. Fernando Paiva presidiu à Eucaristia na Peregrinação Internacional Aniversária de setembro a Fátima e destacou Maria «como o grande amparo da fé»

Foto: Santuário de Fátima

Fátima, 13 set 2024 (Ecclesia) – O bispo de Beja presidiu hoje à Missa da Peregrinação Internacional Aniversária de setembro, em Fátima, onde evocou todos os que sofrem pelas guerras que atingem várias geografias do mundo.

“Também nós hoje, neste tempo, nestes dias que estamos a viver, queremos lembrar os nossos irmãos que vivem a angústia do sofrimento, da dor, provocados pela guerra, na Terra Santa, na Ucrânia, e também noutros locais do nosso mundo. Neste dia, unidos em Igreja, como irmãos, também nós rezamos por esta intenção, que a mãe do céu nos recomenda”, afirmou D. Fernando Paiva, na homilia da Eucaristia.

O bispo lembrava que hoje se assinalam 107 anos que “a Senhora do Rosário pediu a perseverança na oração e especialmente a oração do Rosário, do Terço como forma de alcançar a paz e o fim da guerra”.

“Neste dia, unidos em Igreja, como irmãos, também nós rezamos por esta intenção, que a mãe do céu nos recomenda. Maria é também fonte de consolação e esperança e, por isso, é invocada como consoladora dos aflitos e refúgio dos pecadores”, referiu.

Na celebração, o bispo de Beja destacou que é a Maria que todos recorrem nos momentos de dor e sofrimento, “em busca de consolação e esperança e, por isso, é invocada como consoladora de conflitos e refúgio dos pecadores”.

Em Fátima, Maria aparece como aquela que nos conforta e anima, nos convida à conversão e à oração, amparando-nos nos momentos de dificuldade e incerteza. Ela é a estrela que ilumina o nosso caminho, amparando a nossa fé e encorajando-nos a confiar sempre no amor de Deus”.

Na Peregrinação Internacional Aniversária de setembro, D. Fernando Paiva lembrou os pastorinhos de Fátima que “são o exemplo de uma fé pura e corajosa, sustentada pelo amor a nossa senhora”.

“Desde muito novos enfrentaram provações e desafios, mas mantiveram sempre a confiança em Deus e nas palavras da Senhora. A sua fé simples, mas inabalável, torna-se também para nós um amparo espiritual. Ao contemplarmos a vida destes pequenos pastores, encontramos o estímulo necessário para também nós perseverarmos na fé, mesmo quando a vida se apresenta difícil”, disse.

Para o responsável católico, a fé dos pastorinhos é como “um espelho”, que reflete “a grandeza da confiança em Deus e na sua misericórdia”, mencionando que aos três foi concedida “a graça de saborear as alegrias do céu, de contemplar a beleza da Santíssima Virgem e começaram a amar Jesus e Maria mais que tudo”.

“Os pastorinhos de Fátima também nos ensinam a importância da amizade no caminho da fé. A cumplicidade a união entre Lúcia, Francisco e Jacinta mostram-nos como a fé fortalecida quando vivida em comunidade, quando partilhada, e sustentada pela amizade sincera”, salientou.

Segundo o bispo, “eles ampararam-se mutuamente nas dificuldades e nas dúvidas, incentivaram-se a rezar, a confiar e seguir o caminho que Nossa Senhora lhes indicava” e, desta forma, “esta amizade exemplar torna-se um modelo” para cristãos.

A fé não é uma aventura solitária, mas um caminho feito em companhia, onde a presença dos amigos que partilham connosco a mesma fé e a mesma esperança, é uma ajuda preciosa. A amizade é, pois, um lugar privilegiado de crescimento espiritual, onde somos amparados, consolados e encorajados. A fé é um dom precioso que precisa de ser constantemente alimentado e cuidado”.

A vinda dos presentes ao Santuário de Fátima justifica-se, porque têm fé e porque querem que esta seja “fortalecida e purificada”.

Foto: Santuário de Fátima

De acordo com D. Fernando Paiva, “Maria é o grande amparo da fé”, porque “oferece um exemplo concreto de como viver plenamente a fé em Deus e intercede” por todos nas “necessidades e oferece “consolo e esperança” nas tribulações.

Segundo o Santuário de Fátima, inscreveram-se na peregrinação aniversária de setembro 48 grupos de diversos países: sete de Portugal, um de África do Sul, dois da Alemanha, um de Austrália, quatro do Brasil, um do Canadá, um da China, um da Croácia, um de Espanha, um dos EUA, cinco de França, um do Haiti, um da Irlanda, 12 de Itália, um de Malta, um do México, quatro da Polónia, um de Porto Rico, um do Reino Unido e um do Senegal.

A peregrinação de setembro faz memória da quinta aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos e teve como presidente D. Fernando Paiva, que foi ordenado bispo e tomou posse da Diocese de Beja no dia 7 de julho, após ter sido nomeado 15.º bispo de Beja, pelo Papa Francisco, no dia 21 de março, sucedendo a D. João Marcos.

LJ/OC

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