Fátima: Bispo de Angra recorda proximidade natural da Irmã Lúcia

D. João Lavrador foi capelão do Carmelo de Coimbra durante 10 anos

Lisboa, 13 fev 2017 (ECCLESIA) – O bispo de Angra, D. João Lavrador, recordou à Agência ECCLESIA a sua experiência de proximidade com a Irmã Lúcia, nos anos em que foi capelão do Carmelo de Coimbra, onde a religiosa morreu.

“Tinha a sua forma de estar dentro da comunidade, em tudo igual às outras, com a particularidade de ter alguma salvaguarda, uma vez que tinha muita correspondência para responder”, refere o prelado.

Natural da Diocese de Coimbra, o então sacerdote e capelão do Carmelo da Santa Teresa, na cidade, recorda a “vida normal” da vidente de Fátima, também na vida sacramental, de direção espiritual e de formação.

“Era igual a todas as outras”, sublinha D. João Lavrador, acrescentando que se sentia o “privilégio” de “sentir” que o relacionamento era com alguém que tinha “presenciado o diálogo com Nossa Senhora” e ser “protagonista da Mensagem de Fátima”:

“Nunca a questionei sobre seja o que for”, disse o atual bispo de Angra.

D. João Lavrador sublinhou a fé da Irmã Lúcia, a sua “serenidade sobre qualquer acontecimento”, mesmo “confrontos com a Igreja em Portugal”, como “alguém que tinha a lição do céu para reconhecer que tudo isto é passageiro”.

O antigo capelão da Irmã Lúcia lembra também a sua “inteligência perspicaz que se aliava ao seu sentido de humor”.

“Ela era uma mulher que tirava humor de todas as coisas, na ralação com as pessoas, mesmo com o capelão, criticando a sua forma de falar. Dizia-me: ‘pensa que por falar alto que vai converter alguém?’”, recordou.

D. João Lavrador lembra também a “possibilidade de ter estado com ela nos últimos meses da sua vida” e, na hora da sua morte, ter-lhe segredado “algumas recomendações que levasse para Nossa Senhora e para junto de Deus”.

A Diocese de Coimbra e a vice-postulação da Causa de Canonização da Irmã Lúcia (1907-2005) vão promover hoje a sessão de clausura do inquérito diocesano, que exigiu a análise de milhares de cartas e documentos.

Esta fase do processo de canonização da vidente de Fátima reúne todos os escritos da Irmã Lúcia, os depoimentos das testemunhas ouvidas acerca da sua fama de santidade e das suas virtudes heroicas, passando agora para a competência direta da Santa Sé e do Papa.

LFS/PR

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Agência ECCLESIA

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