Fátima: Bispo de Angra afirmou que a paz «não se constrói com palavras bonitas e grandes discursos»

D. Armando Esteves Domingues pediu paz para a Ucrânia «e todos os países em guerra», para as vítimas do terramoto em Marrocos e as inundações na Líbia

Foto: Santuário de Fátima

Fátima, 13 set 2023 (Ecclesia) –  O bispo de Angra afirmou que “a paz não se constrói com palavras bonitas e grandes discursos” de pessoas importantes” na Peregrinação Internacional Aniversária de setembro ao Santuário de Fátima e pediu paz para países em guerra e catástrofes naturais.

“A paz não se constrói com palavras bonitas e grandes discursos feitos por pessoas importantes, diante de ilustres senhores do mundo. A paz é como uma semente que germina em homens novos, moldados na oração e na luz do Evangelho”, disse D. Armando Esteves Domingues, esta terça-feira à noite, no recinto de oração do Santuário de Fátima.

O santuário mariano informa que o bispo de Angra (Açores) preside pela primeira vez a uma peregrinação internacional aniversária à Cova da Iria, a de 12 e 13 de setembro, que assinala a quinta aparição de Nossa Senhora aos três pastorinhos.

“Fátima é altar do mundo e da paz, é lugar de amor puro como o dos três Pastorinhos, uma fábrica de santos, porque trabalhados por dentro; Aqui, temos lugar e temos Mãe! Escolhidos dos mais frágeis, a lembrar que, com a oração do terço, cada cruz pode ser iluminada pela fé. Como Maria, agarrada silenciosamente à cruz do Seu Filho no calvário, podemos entender que, quanto maior é a nossa cruz, mais perto do Céu está”, desenvolveu o bispo diocesano.

D. Armando Esteves Domingues afirmou que “só de um coração que ama” pode brotar a paz que “correrá como um rio e inundará as cidades dos homens, as casas das famílias, as pessoas que sofrem” e incentivou peregrinos e fiéis a pedirem “a paz para a Ucrânia e todos os países em guerra”, a paz para as vítimas do terramoto em Marrocos e as inundações na Líbia.

“Peçamos paz para todos os corações atribulados”, acrescentou o prelado que, em Fátima, presidiu à Peregrinação das Crianças, em 2019, quando era bispo auxiliar do Porto.

O também presidente da Comissão Episcopal para a Missão e Nova Evangelização da CEP refletiu sobre a importância da Luz, presente na mensagem de Fátima, assinalando que “com um terço e uma vela se pode mudar o mundo”.

Ouvimos dizer frequentemente que a Igreja deve estar sempre em ‘saída missionária’, ser luz no meio deste mundo frio e cheio de trevas, mas muitos pensam imediatamente na Igreja institucional, padres, religiosos, bispos, responsáveis das comunidades: Implicar-se nesta saída, ir ao encontro dos outros para fazer caminho juntos, ser dom para os outros sem esperar recompensa deve ser lema de todo o batizado”.

O Santuário de Fátima informa que estão inscritos na Peregrinação de Setembro “pelo menos 40 grupos”, provenientes de mais de uma dezena de países, e, nesta celebração da noite, também concelebraram o bispo de Leiria-Fátima e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. José Ornelas, o cardeal D. António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima, e D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa.

Esta peregrinação termina com a Procissão do Adeus e uma consagração a Nossa Senhora de Fátima, depois da Missa Internacional, com Bênção dos Doentes, que começa às 10h00, informa o santuário mariano.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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