Fátima: Bispo das Forças Armadas e de Segurança pede «gestos concretos» de proximidade com quem sofre

D. Sérgio Dinis deixa mensagem de esperança, aos participantes na peregrinação do 13 de julho

Foto: Santuário de Fátima

Fátima, 13 jul 2025 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança convidou hoje os peregrinos de Fátima a viver a sua fé com “gestos concretos” de proximidade e ajuda aos outros.

“Quando amamos com gestos concretos, quando nos inclinamos sobre os caídos e abandonados à beira dos caminhos da vida, já estamos a viver da eternidade. Já estamos a saborear, ainda que em semente, a vida em plenitude”, disse D. Sérgio Dinis, na homilia da Missa conclusiva da peregrinação internacional do 13 de julho.

Perante milhares de peregrinos, com grupos organizados de 18 países, reunidos no Recinto de Oração da Cova da Iria, o responsável católico apontou ao desafio de “começar a viver com sentido, com esperança, com plenitude”, a partir dos ensinamentos de Jesus.

“Amar a Deus e amar o próximo – eis o caminho da Vida Eterna. E para que ninguém tenha dúvidas sobre o que isso significa na prática, Jesus conta a parábola do samaritano: não se trata de um tratado moral, mas de um retrato vivo da compaixão e da ternura de Deus e de cada cristão”, precisou.

O presidente da celebração apontou à esperança na vida eterna, que “começa a ganhar forma concreta” na existência de cada pessoa.

“Não é um prémio de consolação no fim da estrada. É uma realidade que começa já, quando o nosso coração se abre a Deus e se faz próximo de quem sofre”, observou.

O testemunho dos videntes de Fátima regista que, na aparição de 13 de julho, Nossa Senhora lhes disse: “Para impedir a guerra virei pedir a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração e a Comunhão reparadora nos Primeiros Sábados”.

“Em 1917, num tempo de guerra, de morte e de desespero, Nossa Senhora vem lembrar-nos que não estamos sós, que Deus não se esqueceu do mundo. Que o seu Imaculado Coração é refúgio e caminho que nos conduz até Deus”, observou D. Sérgio Dinis.

O bispo português destacou que Fátima mostra a todos que “a esperança é possível, que o sofrimento não é o fim”.

“A eternidade, irmãos, não começa só depois da morte. Começa quando deixamos que Cristo seja o centro”, insistiu.

A esperança cristã não é ingenuidade. Não ignora a dor, nem fecha os olhos ao sofrimento do mundo. Mas tem raízes firmes. Nasce da certeza de que Deus nos ama até ao fim. De que Cristo venceu a morte.”

D. Sérgio Dinis deixou aos peregrinos três recomendações para “viver já a Vida Eterna e ser peregrino de esperança.

“Escuta a Palavra de Deus, todos os dias”, começou por sugerir.

O bispo das Forças Armadas e de Segurança afirmou ainda que é importante fazer-se “próximo”, indo ao encontro “de alguém que sofre, que está sozinho”.

“Talvez um familiar esquecido, um vizinho idoso, um amigo perdido. Não passes ao lado. Não sejas como o sacerdote ou o levita da parábola. Vai e faz como o samaritano: aproxima-te e cuida dele”, apontou.

O presidente da celebração sugeriu também que se reze “com Maria, com o terço, com simplicidade”.

No início da Missa, o bispo do Ordinariato Castrense de Portugal tinha lembrado todos os que “cuidam da segurança” do país, no território nacional, os que “por mares, terra e ar” defendem a sua soberania e os que integram “forças nacionais destacadas”, assegurando a paz em “diversas partes do mundo”.

A Peregrinação Internacional Aniversária evoca a terceira aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos, na Cova da Iria, que aconteceu a 13 de julho de 1917.

OC

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