Fátima: Arcebispo de Moscovo lembra igrejas destruídas

Milhares de fiéis participaram no primeiro dia da Peregrinação Internacional Aniversária de outubro em Fátima

Fátima, Santarém, 12 out 2011 (Ecclesia) – O arcebispo de Moscovo, que preside à Peregrinação Internacional Aniversária de outubro, no Santuário de Fátima, encerrou hoje o primeiro dia de celebrações incentivando os fiéis a “buscarem experiências de Cristo”, que não pode ser “destruído”.

“O corpo de Cristo Vivo e Ressuscitado é o templo que não pode ser destruído”, referiu D. Paolo Pezzi, considerando que é nesta morada “indestrutível” que os cristãos, como “pedras vivas”, devem tomar parte, através de um esforço de “comunhão”.

“Quantas igrejas foram destruídas na Rússia do século passado, tornando invisível a humanidade nova que nasce da fé e quantas devem ainda ser reconstruídas”, lembrou ainda.

Perante milhares de peregrinos, vindos dos diversos continentes, o prelado italiano aproveitou a celebração da festa da Dedicação da Basílica do Santuário de Fátima para lembrar que “o Senhor não encontra o seu verdadeiro, definitivo repouso, em templos de pedra”.

“Eles podem ser destruídos pelo poder deste mundo que, de facto, odeia tudo aquilo que dá glória a Deus”, acrescentou o arcebispo moscovita, apontando para a história recente da Rússia.

No meio das dificuldades que a humanidade vive atualmente, de caráter económico e social, D. Paolo Pezzi identifica uma vontade do homem em “encontrar-se com pessoas para as quais Cristo é uma realidade tão presente que mudou a vida deles”.

O prelado desafiou por isso os peregrinos a uma vida de “adoração, permeada de gratidão e encanto”, e a uma atenção renovada à Santíssima Trindade, a partir da “intercessão de Nossa Senhora”.

Ilda e Adelaide são duas peregrinas alemãs que se encontram pela primeira vez no Santuário, integradas numa comitiva de 23 pessoas vindas da diocese de Paderborn.

Em declarações à Agência ECCLESIA, disseram esperar sobretudo “sair reconfortadas pelo amor e pela vida que transborda de um lugar onde esteve Maria”.

Entre a multidão de fiéis encontrava-se também o brasileiro José, que viajou desde da capital Brasília com a sua família, até à Cova da Iria, para “agradecer as graças alcançadas e pedir proteção”.

Destaque para a presença de um grupo de 36 peregrinos vindos do sul da Polónia, que estão a fazer um périplo cultural e religioso por todos os santuários da Europa.

“Cada um deles tem as suas próprias intenções”, explica Carolina Jimenez, uma guia de origem espanhola, adiantando que “a maioria são pessoas que recuperaram do alcoolismo, outros não têm família”, e todos “quiseram colocar aqui as suas intenções”.

JCP   

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