Fátima: «Adorar a Deus» é acolher quem mais precisa

Ideia-chave de D. António Marto, no último dia de um simpósio teológico-pastoral que decorreu no santuário mariano

Fátima, Santarém, 27 jun 2011 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima considerou este domingo que a “verdadeira adoração a Deus, característica do ser cristão”, deve ser concretizada através de gestos de “acolhimento”, no meio da comunidade.

“A primeira adoração na vida quotidiana é acolher a Deus com todo o coração, no rosto, nas palavras e, porventura, nos gritos, nas necessidades e nas misérias dos irmãos que sofrem” sublinhou D. António Marto, no Santuário de Fátima, onde esteve a participar no simpósio “Adorar a Deus em Espírito e Verdade”.

O último dia deste evento, de caráter teológico-pastoral, começou com uma celebração eucarística na Igreja da Santíssima Trindade.

De acordo com a sala de imprensa do Santuário de Fátima, o prelado desafiou os fiéis a não procurarem “gestos espetaculares” de acolhimento, mas a terem sobretudo “um sorriso acolhedor, a capacidade de ouvir, uma palavra para levantar o ânimo, um gesto de partilha, de apoio e amizade”.

Para D. António Marto, o exemplo foi deixado por Maria, “Mãe da Ternura, Mãe do Acolhimento”, que a todos tratou “sem distinções nem discriminações”.

Lançado dia no 24 de junho, no âmbito das comemorações do centenário das Aparições de Fátima, que terá lugar em 2017, o simpósio contou com cerca de 400 participantes e conferencistas, entre os quais o reitor do Santuário mariano, o padre Carlos Cabecinhas.

Abordando a adoração no contexto da mensagem de Fátima, o sacerdote falou de um gesto “intimamente unido à revelação do rosto trinitário de Deus”, em “estreita relação” com a experiência de “reparação” vivida pelos três Pastorinhos.

D. António Couto, bispo auxiliar de Braga, qualificou a adoração como uma experiência de “relação”, nascida a partir do Novo Testamento, quando Jesus Cristo introduziu a palavra “Pai” para se dirigir a Deus.

Segundo o prelado, especialista em Sagrada Escritura, adorar e estar em “comunhão” com Deus significa precisamente adotar esta posição de amor filial, em cada momento do dia.

SISF/JCP

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