Milhares de peregrinos permaneceram no ambiente das celebrações
Fatima, 13 mai 2017 (Ecclesia) – Milhares de peregrinos permaneceram no recinto do Santuário de Fátima na noite do dia 12 para 13 de maio na ‘Noite de Vigília’ no recinto da Cova da Iria
Após a celebração da Missa, presidida pelo cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, os peregrinos foram convidados a um momento de adoração na Basílica da Santíssima Trindade, a que seguiu a Via-Sacra, no recinto, dinamizada pelo Vale d’Acor.
Gilberto Machado é um ex-utente da instituição na Diocese de Setúbal onde recuperou e voltou à vida, depois de uma Via-Sacra longa, “como todas”.
“Era uma pessoa muito cheia de mim, não precisa de nada nem ninguém”, o que o levou “à solidão”.
“Fui parar à rua, a minha família não me queria ver, o meu filho não me queria ver e vivi um bom tempo na rua. Fui parar à solidão, ao inferno”, acrescentou.
Depois, no Vale de Acor encontrou uma “família, uma família espiritual” e a conversão que foi feita numa peregrinação a pé ao Santuário de Fátima.
“Era batizado, andei na catequese mas depois afastei-me por completo. Era vida de prazer, discotecas e foi numa peregrinação desafiado pela Sara Ideias que dizia que eu não queria compromisso”, desenvolveu.
Nessa oportunidade confessou-se e Gilberto Machado voltou a fazer caminho e é ao Vale de Acor que vai “ganhar forças”.
“Aqui encontro vontade de continuar o caminho e a luta e sair de mim para os outros”, explicou.
Sara Ideias é uma técnica da instituição que é uma comunidade terapêutica que recebe pessoas com dependências de álcool, drogas e com duplas patologias – problemas psiquiátricos para além dos consumos – em Almada.
“Procuramos que o Vale de Acor seja naquilo que proporcionamos de tratamentos, também na vinda a Fátima, propor vir a pé, é de alguma maneira que reencontrarem a vida”, afirma.
Segundo a entrevista, Nossa Senhora de Fátima e os pastorinhos ajudam que a Via-Sacra seja mais leve porque os pastorinhos são “a imagem da simplicidade e do coração simples”.
Após ter participado na Via-Sacra, o bispo de Setúbal referiu-se à “mensagem de misericórdia de Fátima, que não se fundamenta num fenómeno meramente psicológico, mas diz respeito à “densidade dramática desde mundo”.
Para D. José Ornelas, os pastorinhos que o Papa vai canonizar neste dia 13 de maio, assumem o desafio de “fazer alguma coisa para o mundo melhor”.
Uma celebração mariana na Capelinha das Aparições e uma Missa, dinamizados pelo Departamento Nacional da Pastoral Juvenil foram outros momentos de oração no recinto da Coda da Iria.
A peregrinação ao Santuário de Fátima presidida pelo Papa Francisco termina este sábado, dia 13 de maio, com a Missa onde vão ser canonizados Francisco e Jacinta Marto.
LFS/CB/PR