D. Manuel Felício refere mensagem do Papa para as comunidades cristãs
Guarda, 16 mai 2017 (Ecclesia) – O bispo da Guarda deseja que a passagem do Papa Francisco pelo Santuário de Fátima possa “motivar” as comunidades para a importância que os “valores do Evangelho” têm dentro da Igreja e da sociedade.
“Isto de vivermos a nossa missão com preocupação de ir para além das fronteiras do religioso, das que caracterizam a nossa vivência da fé, é apelo para que as nossas comunidades, e nós discípulos de Cristo, entendam que os valores do Evangelho obrigam a ir para além das fronteiras do que é especifico a uma determinada vivência de Igreja”, disse à Agência ECCLESIA.
D. Manuel Felício realçou a mensagem da “esperança” que o Papa Francisco veio trazer para os “irmãos no batismo e aos irmãos em humanidade”.
O bispo da Guarda sublinha que espera que a passagem do Papa por Portugal, “na sua simplicidade e proximidade”, possa “motivar” os cristãos a “levar a sério” a responsabilidade que está confiada que de que os “valores do Evangelho são importantes para dentro da Igreja e para fora da Igreja”.
Para o prelado, as três situações vividas no mesmo acontecimento – visita do Papa, 100 anos Aparições e canonização dos pastorinhos – “marcaram profundamente” o centenário e o que se viveu na Cova da Iria durante 24 horas.
“Momentos fortes e intensos, de emoção e de acolhimento à novidade que sempre é para dentro da Igreja e para fora da Igreja o Papa Francisco”, acrescentou.
D. Manuel Felício começa por recordar a “expressão muito forte” de silêncio diante da imagem de Nossa Senhora, na Capelinha das Aparições, que “foi acompanhado pela vasta assistência” e depois a oração que “foi ao encontro de situações e realidades que tocam muito profundamente os portugueses e o mundo”.
O bispo da Guarda recordou também a critica a uma “certa forma de religiosidade popular” mas teve a “preocupação em sublinhar” a importância de Maria para “levar ao encontro de Jesus”.
D. Manuel Felício afirma que a religiosidade popular “é muito importante”, e o Papa “valorizou até com o lenço na mão” na procissão do Adeus: “É verdade que Fátima não se ficou pelos sentimentos de emoção fácil e os pastorinhos são exemplo disso”.
Segundo o bispo da Guarda, para além das expressões de Francisco “fica a atitude” e a presença junto das pessoas, “com a simplicidade que o caracteriza”.
O episcopado português almoçou com o Papa no sábado, durante cerca de 40 minutos, antes do seu regresso ao Vaticano.
“[O Papa Francisco] na oração inicial e final também incentivou a vivermos o ministério com dedicação e esperança na construção da paz”, revelou D. Manuel Felício, para quem um “gesto vale tudo” e este foi realizado quando cumprimentaram individualmente o Papa.
CB/OC