Fátima 2017: Santuário abre portas a todos para celebrar centenário das Aparições e chega ao Vaticano em 2018

Reitor rejeita «linguagem alarmista» face a grandes aglomerados que se preveem na Cova da Iria, particularmente na visita do Papa

Fátima, Santarém, 03 fev 2016 (Ecclesia) – O reitor do Santuário de Fátima anunciou hoje que a reta final do programa celebrativo do centenário das Aparições, até outubro de 2017, vai ter uma “forte componente cultural”, procurando chegar a todos os públicos.

“Toda a programação foi feita a pensar nas pessoas: nos peregrinos habituais e nas suas necessidades e expectativas, mas também naqueles que não estão tão ligados a Fátima, que queremos atrair e acolher”, disse o padre Carlos Cabecinhas, em conferência de imprensa.

A partir deste mês, centena e meia de projetos procuram dar vida a uma celebração “aberta ao público em geral”, que visam “celebrar, evocar, fazer festa, contemplar e orar”, segundo o reitor do santuário.

O responsável disse aos jornalistas que a visita do Papa em maio de 2017 será, naturalmente, a “iniciativa mais marcante de toda a vivência do centenário”, mas sustentou que seria injusto ignorar o conjunto “abrangente” de iniciativas que se dirigem “ao público em geral” para chegar ao “maior número de pessoas possível”.

A agenda de eventos que o Santuário procura criar novos dinamismos culturais, com exposições, congressos, colóquios e concertos, entre outros.

Uma das novidades apresentadas é uma exposição no Vaticano, já em 2018, que tem como objetivo sublinhar a relação entre “Fátima e a Santa Sé”, para além de funcionar como “balanço” de todo o período celebrativo do centenário das Aparições, segundo o padre Carlos Cabecinhas.

Face ao expectável “aumento de peregrinos” em todas as celebrações destes 100.º aniversário, o reitor do Santuário assinalou que a instituição tem procurado colaborar com as diversas entidades e instituições” para procurar a “maior segurança possível em todos os eventos”.

Para o sacerdote, no entanto, “qualquer alarmismo é precisamente dizer que o terrorismo está a vencer”, pelo que propõe a recusa da “linguagem alarmista” para não “fazer o jogo dos grupos terroristas”.

“Continuamos a achar que Fátima é um lugar seguro”, insistiu.

Já em relação aos custos do programa de celebrações, o padre Carlos Cabecinhas adiantou que o Santuário pretende “oportunamente, dar informações sobre o custo de todas estas iniciativas”.

Entre as cerca de 150 iniciativas previstas está uma projeção na fachada da Basílica de Nossa Senhora do Rosário sobre Fátima como “fonte de luz”.

“Desejámos que o programa fosse suficientemente abrangente para incluir atividades que fossem ao encontro do maior número de pessoas e grupos”, realçou o padre Carlos Cabecinhas.

Carla Abreu Vaz, assessora do Serviço Executivo do Centenário das Aparições de Fátima, reforçou por sua vez a intenção de “ir ao encontro de um público diversificado”.

Nesse sentido, estão a ser oferecidas “novas propostas de oração”, cursos de formação e de aprofundamento teológico para a divulgação da Mensagem de Fátima e uma ampla “reflexão artística”.

As jornadas de estudo vão concluir-se de 21 a 24 de junho de 2017, num congresso internacional.

O Santuário promove um concurso de escolas católicas, prémios de fotografias, concertos, novas obras de arte e um programa musical, cultura e artístico, “desafiando vários artistas a olhar para Fátima”.

“O Santuário de Fátima continuará a usar linguagens contemporâneas para comunicar e refletir sobre a mensagem de Fátima e para dar a conhecer o seu património, que tem já 100 anos”, assinalou Carla Abreu Vaz.

A instituição prevê ainda o lançamento de um novo site e de uma aplicação para dispositivos móveis que pretende facilitar a visita dos peregrinos e do público em geral.

OC

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