Reitor do Santuário diz que estão a ser criadas «boas condições» para os peregrinos acompanharem as celebrações e verem «o Papa de perto»
Fátima, 07 abr 2017 (Ecclesia) – O reitor do Santuário de Fátima disse à Agência ECCLESIA que “Fátima está a postos” para receber o Papa Francisco e a criar “boas condições” para os peregrinos acompanharem as celebrações e verem “o Papa de perto”.
“Podemos dizer que estamos na reta final de preparação, a ultimar tudo para que seja um momento particularmente festivo aqui, no Santuário de Fátima”, afirmou o padre Carlos Cabecinhas em entrevista à Agência ECCLESIA, publicada integralmente hoje na edição do semanário digital.
O reitor do Santuário de Fátima lembrou que o recinto “tem limites” e tem a expectativa de que “a afluência de peregrinos possa tornar insuficiente o espaço do recinto de oração”, referindo que estão a ser criadas “boas condições” para que todos possam “acompanhar as celebrações” e também “boas oportunidades para poder, se possível, ver o Papa de perto”.
“Estamos a articular toda a nossa ação com as autoridades para facilitar e permitir que todo o peregrino que venha a Fátima possa descobrir a melhor forma de chegar ao Santuário com o mínimo de constrangimentos possível”, sublinhou o sacerdote, acrescentando que vão ser colocados “ecrãs gigantes” no espaço envolvente para facilitar a participação dos peregrinos.
Nesta entrevista, o reitor do Santuário lembrou que Fátima “mudou muito” em 100 anos, foram-se criando estruturas para “acolher peregrinos” e aprofundou-se o conhecimento sobre a Mensagem de Fátima.
“Se a Mensagem mantém toda a sua atualidade, mantém-se também todo o desafio de percebermos a aprofundarmos o seu conteúdo”, sustentou.
Para padre Carlos Cabecinhas, um dos desafios do momento atual para o Santuário é perceber que a Mensagem de Fátima tem “um conjunto de elementos de uma espiritualidade” que desafia a “vivência cristã hoje”.
Lembrando que o Santuário nunca abandonou a “dimensão da Fátima popular”, que tem no peregrino “o grande protagonista”, o reitor disse também que procura “ir mais além”, nomeadamente “a nível cultural”.
“Temos trabalhado essa dimensão, temos procurado que a nossa reflexão, que a nossa oferta, procure também atingir outras dimensões que habitualmente não estão contempladas”, afirmou.
O padre Carlos Cabecinhas lembrou que Fátima teve o “condão de tocar também a Igreja na pessoa do Santo Padre”, dando uma “dimensão universal” à mensagem revelada a três crianças, que foi “atingindo progressivamente toda a Igreja”.
A visita do Papa Paulo VI a Fátima, em 1967, João Paulo II em 1982, 1991 e 2000, Bento XVI em 2010 e Francisco em 2017 é sinal do “impacto universal da mensagem” e mostra quanto a Fátima mantém hoje, 100 anos depois, “toda a sua atualidade e capacidade de intervir naquilo que é a vida da Igreja e do mundo”, afirmou o sacerdote da Diocese de Leiria-Fátima.
“A presença do Papa Francisco, em concreto, pode ajudar também pessoas que habitualmente não olhavam para a Fátima a olhar agora com uma nova perspetiva para a Mensagem, para o Santuário de Fátima”, acrescentou.
Nesta entrevista, publicada no semanário digital Ecclesia, o reitor do Santuário de Fátima refere-se também à canonização dos pastorinhos, afirmando que “qualquer que seja a data” é “muito bem-vinda” porque “esta canonização é muito significativa para Fátima, para os devotos de Fátima, para o próprio Santuário”.
“Para nós seria particularmente significativo se a canonização ficasse ligada à celebração do Centenário”, sublinhou o padre Carlos Cabecinhas.
HM/PR