Fátima 2017: Primeiro-ministro diz que tolerância de ponto a 12 de maio é questão de «respeito»

António Costa entende que outra decisão revelaria «grande insensibilidade» por parte do Governo

Lisboa, 27 abr 2017 (Ecclesia) – O primeiro-ministro português disse hoje que a decisão de conceder tolerância de ponto a 12 de maio, na visita do Papa, mostra “respeito” por quem professa a fé católica e visa facilitar a participação nas cerimónias em Fátima.

António Costa respondia a jornalistas, em Lisboa, às críticas que surgiram após notícias que davam conta desta medida, tendo o primeiro-ministro sublinhado que seria uma "grande insensibilidade" se o Governo não concedesse tolerância de ponto a 12 de maio, dia em que o Papa Francisco chega a Portugal para celebrar o Centenário das Aparições, na Cova da Iria.

"É um momento que distingue o país. Por isso, também é natural que o Governo dê tolerância de ponto para facilitar quem deseja participar nas cerimónias o possa fazer e diminuam as condições de congestionamento", assinalou.

O primeiro-ministro disse mesmo que qualquer decisão em sentido contrário seria algo “estranho”, sustentando que “a liberdade religiosa e a laicidade implicam também o respeito pelas crenças dos outros”.

“Respeito naturalmente a crença dos outros, não ignoro que muitos portugueses perfilham esta fé católica, que muitos católicos desejarão estar em Fátima”, explicou António Costa, no final de um almoço debate promovido pela Associação dos Administradores e Gestores de Empresas.

Já o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recordou que a decisão de conceder tolerância de ponto durante uma visita papal a Portugal não constitui novidade, mas remeteu a decisão para o Governo.

Rebelo de Sousa vai receber o Papa em Monte Real, a 12 de maio, e Costa vai reunir-se em privado, com Francisco, na manhã de 13 de maio, em Fátima.

O cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, afirmou hoje que a concessão de tolerância de ponto pelo Governo, a 12 de maio, por ocasião da visita do Papa, responde à “sensibilidade” maioritária da população no país.

OC

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Agência ECCLESIA

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