Fátima 2017: Primeiro dia com o Papa proporcionou «momentos maravilhosos» – D. Virgílio Antunes

Bispo de Coimbra realça que é deste tipo de vivências que «a Igreja Católica em Portugal bem precisa»

Fátima, 13 mai 2017 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra abordou esta madrugada o primeiro dia da visita do Papa ao Santuário de Fátima, por ocasião do Centenário das Aparições, e realçou o ambiente de cor, de festa, mas também de oração vivido na Cova da Iria.

“Esta tarde e esta noite foram momentos maravilhosos, devo dizer que acolher o Papa Francisco, este homem tão especial para a Igreja e para o mundo, no meio desta multidão em que nos sentimos todos peregrinos, nos sentimos pessoas com fé e com esperança, toca-nos o coração”, referiu D. Virgílio Antunes, antigo reitor do Santuário.

Para aquele responsável, “a Igreja Católica em Portugal bem precisa de momentos fortes de espiritualidade, de Evangelho.

“Não só de sensibilidade à flor da pele, mas em que vamos em profundidade de facto à celebração do mistério da fé”, salientou.

O momento agora no Santuário de Fátima é de vigília, na perspetiva de um novo dia que trará, entre outros acontecimentos, a celebração da canonização de Francisco e Jacinta Marto.

Mas antes, a emoção marcou o coração dos portugueses e dos peregrinos, primeiro com a chegada do Papa Francisco à Base Aérea de Monte Real; depois com a sua vinda de helicóptero para a Cova da Iria, em que sobrevoou o santuário, e na vinda de papamóvel até ao recinto, durante a qual saudou as centenas de milhares de peregrinos presentes.

O dia prosseguiu depois com vários momentos de oração, primeiro aos pés de Nossa Senhora de Fátima, na Capelinha das Aparições.

Um momento em que, durante cerca de oito minutos, o santuário esteve em completo silêncio.

Francisco voltou ainda junto dos peregrinos para a bênção das velas e a oração do Rosário, numa deslocação em que na parte final desceu do papamóvel e caminhou pelo meio das pessoas, distribuindo cumprimentos e bênçãos.

Para o bispo de Coimbra, tratou-se de um dia que a todos sensibilizou e ao qual ninguém foi “indiferente”, também pelo ambiente especial que se vive no santuário, que mostra “este grande mistério de Deus que se quis aqui aproximar da humanidade, por meio da Virgem Maria”.

“Eu já fiz muitas peregrinações ao Santuário de Fátima, comecei a vir aqui por volta dos cinco anos a pé, porque era próximo, com a escola, com a catequese, de muitas formas. E a mim toca-me sempre poder ver a manifestação de tantos homens e mulheres que se sentem unidos, em comunhão, porque de facto a força de Deus aqui é uma graça especial”, sustentou.

Sobre a mensagem que o Papa deixou neste primeiro dia na Cova da Iria, D. Virgílio Antunes recordou o facto de Francisco ter frisado a importância da “figura de Nossa Senhora dentro do contexto da fé cristã”, também “como modelo da Igreja”.

“Mas não deixa de invocar também esta dimensão tão pessoal e tão caraterística dos portugueses, de modo especial, mas de tantos outros povos da terra, que é esta ligação do coração, a Deus sem dúvida, mas que passa por esta ligação mais próxima a Maria como mãe”, completou.

PR/JCP

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