Fátima 2017: Portugal acolhe 19ª viagem internacional do Papa que não gostava de voar

Visitas apostólicas levaram Francisco a 28 países de quatro continentes

Fátima, 07 mai 2017 (Ecclesia) – A viagem do Papa Francisco a Fátima, nos dias 12 e 13 de maio, será a 19ª visita apostólica internacional do seu pontificado, com passagens por 28 países de quatro continentes.

Os relatos dessas viagens estão retratados no livro ‘Em viagem’, do vaticanista italiano Andrea Tornielli.

Francisco aborda em entrevista as várias viagens internacionais do pontificado, admitindo que, apesar de não gostar de viajar, sentiu necessidade de visitar vários países para estar próximo das pessoas.

“Não gosto muito de viajar e nunca teria imaginado fazer tantas viagens”, confessa, em conversa com o autor da obra.

Em 50 meses de pontificado, o Papa argentino fez 18 viagens internacionais, nas quais visitou o Brasil, Jordânia, Israel, Palestina, Coreia do Sul, Turquia, Sri Lanka, Filipinas, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba e Estados Unidos da América, Quénia, Uganda, República Centro-Africana, México, Arménia, Polónia, Geórgia, Azerbaijão, Suécia e Egito, bem como as cidades de Estrasburgo (França), onde passou pelo Parlamento Europeu e o Conselho da Europa, Tirana (Albânia), Sarajevo (Bósnia-Herzegovina) e Lesbos (Grécia).

Francisco realizou ainda 14 viagens na Itália, incluindo a primeira visita do pontificado, a passagem por Lampedusa.

O Papa explica que foi precisamente nesta ilha italiana, em 2013, que sentiu que “tinha de ir” ao encontro das pessoas, após a comoção provocada pelas notícias das mortes no Mediterrâneo.

Nesse mesmo ano teve lugar a primeira viagem internacional, ao Brasil, por ocasião das Jornadas Mundiais da Juventude do Rio de Janeiro.

“Depois do Rio, chegou um convite e depois outro. Respondi simplesmente que sim, deixando-me levar, de alguma fora. E agora sinto que tenho de fazer as viagens, visitar as Igrejas, encorajar as sementes de esperança que ali estão”, assinalou.

Francisco admite que as viagens têm um peso físico e, sobretudo, “psicológico”, pela preparação que exigem, mas esse cansaço é compensado pela “riqueza inimaginável” dos testemunhos e das experiências que encontra.

Em relação à segurança, o Papa admite que rejeitou carros totalmente blindados ou demasiadas barreiras entre si e as pessoas, porque “um bispo é um pastor, um pai”.

“Não temo pela minha pessoa”, realça.

O Papa Francisco chega a Portugal pelas 16h20 do próximo dia 12, para uma viagem de cerca de 23 horas, com três celebrações na Cova da Iria, onde vai canonizar os pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, encontros privados com autoridades políticas e bispos católicos, por ocasião do centenário das aparições.

OC

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