Presidente da República encontrou-se em audiência privada com Francisco
Fátima, 12 mai 2017 (Ecclesia) – O presidente da República afirmou que o Papa Francisco está “muito feliz por vir a Portugal” e por “concretizar uma sensibilidade mariana” e espera que mostre na homilia deste sábado que a paz também começa “nos sítios menos previsíveis”.
“O Papa é também mariano mas não conhecia o testemunho de Fátima bem e não há nada como ver para crer”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações hoje à Agência ECCLESIA.
Segundo o presidente da República, o Papa “está muito feliz” por contactar diretamente com o santuário da Cova da Iria, “a única maneira de perceber-se Fátima”, o que é “uma realidade universal, não apenas nacional, nem local, nem regional”.
“Descobrir, primeiro, o que é a fé deste porventura quase um milhão de pessoas entre os que estão no santuário, os que estão nas zonas à volta e os que estiveram no percurso feito pelo Papa”, desenvolveu.
“Como essa fé é uma fé do povo, como essa fé é uma fé dos povos que vêm de todo o mundo e como a mensagem de Fátima o toca”, acrescentou o presidente da República.
A visita do Papa Francisco ao Santuário de Fátima realiza-se entre hoje e este sábado, pelos 100 anos das Aparições de Nossa Senhora, que inclui a canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto e tem como lema ‘Como Maria, peregrino na esperança e na paz’.
Marcelo Rebelo de Sousa assinala a “afirmação de valores” no lema da visita papal e considera que na oração “muito tocante” de Francisco, esta tarde, na Capelinha das Aparições “há a ideia da ida para as periferias, ideia da paz, da proximidade em relação às pessoas e aos povos”.
“Não tenho dúvidas que amanhã (sábado) na homilia irá mais longe olhando para aqueles pequenos que são canonizados e mostrando que a construção da paz começa, às vezes, nos sítios menos previsíveis, mais distantes, mais longínquos, mais excluídos, mais pobres e nos mais pequenos como aconteceu à sua maneira com Francisco e Jacinta Marto”, desenvolveu.
Marcelo Rebelo de Sousa, mediante as circunstâncias, participa na visita papal como Presidente da República ou como peregrino.
“Estou como presidente e estive quando tive as honras militares próprias de chefe de Estado da Santa Sé, em que houve hinos, guarda de honra, e haverá também uma despedida. A participação em orações, na procissão das velas ou na celebração eucarística, é a do peregrino”, concluiu o presidente da República.
O Papa Francisco é o quarto pontífice a visitar o Santuário de Fátima depois de Paulo VI (1967), de São João Paulo II (1982, 1991, 2000) e o Papa emérito Bento XVI (2010).
CB