Fátima 2017: D. António Marto em «júbilo» por receber o Papa como «peregrino entre os peregrinos»

Bispo diocesano sublinha dimensão universal da visita

Fátima, 16 dez 2016 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima saudou hoje o anúncio da visita do Papa a Portugal, em maio de 2017, feito pelo Vaticano, considerando que Francisco vai ser um “peregrino entre os peregrinos” no Centenário das Aparições.

 “Quero, antes de mais, exprimir o júbilo e o regozijo que este anúncio oficial do Santo Padre e da sua peregrinação a Fátima traz a todo o povo português e a toda a Igreja em Portugal”, disse D. António Marto em depoimento enviado à Agência ECCLESIA.

“Queria exprimir também a gratidão ao Santo Padre por ter acedido ao nosso convite, por este gesto que também nos honra, por se querer fazer peregrino entre os peregrinos ao Santuário de Fátima”, acrescenta.

O Papa argentino vai estar no Santuário de Fátima, pela primeira vez, a 12 e 13 de maio de 2017.

“É um motivo de imensa alegria, porque se insere na comemoração do Centenário das Aparições e com o Papa estamos unidos a toda a Igreja universal”, assinalou o bispo de Leiria-Fátima.

D. António Marto precisa que “quando o Papa peregrina, como pastor universal, é toda a Igreja que peregrina com ele”.

O também vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa sublinha ainda a “responsabilidade que pesa” sobre os responsáveis pelo Santuário de Fátima.

“Não se trata apenas de acolher o Santo Padre como peregrino, como pastor universal, mas também de acolher a mensagem que ele nos traz e de procurar viver esta peregrinação como uma graça em ordem à renovação da fé e também à evangelização do nosso mundo”, observa o bispo de Leiria-Fátima.

Já num comunicado enviado pela diocese à Agência ECCLESIA, D. António Marto sublinha que o Papa vem “confirmar os fiéis na beleza, na bondade e na verdade da fé como sentido para viver e confiança na bondade da vida de que todos temos particular necessidade”.

O prelado reconhece que o modo de comunicar e se relacionar de Francisco envolve “todos os homens e mulheres de boa vontade” e, por isso, está certo que o Papa “encontrará entre a melhor e maior abertura e acolhimento”.

O bispo de Leiria-Fátima espera ainda que a visita não se reduza a uma “emoção intensa e passageira”.

“Desejamos que este evento seja sobretudo uma experiência significativa para a Igreja em Portugal, em correspondência aos apelos do Papa Francisco, na dimensão missionária de Igreja em saída e de misericórdia”, declara.

Ao longo dos últimos meses, Francisco tinha confirmado a várias pessoas e em diversas ocasiões que tencionava vir à Cova da Iria para a celebração do Centenário das Aparições.

O Papa recebeu convites para visitar Portugal em 2017, dirigidos pelo Governo, a Conferência Episcopal e a Diocese de Leiria-Fátima.

O programa oficial da visita ainda não foi divulgado pelo Vaticano, mas em finais de novembro, o cardeal-patriarca de Lisboa disse à Agência ECCLESIA que o pontífice argentino deverá aterrar na base aérea de Monte Real, em Leiria, porque deseja ir “só a Fátima”.

Francisco será o quarto Papa a visitar Portugal, depois de Paulo VI (13 de maio de 1967), João Paulo II (12-15 de maio de 1982; 10-13 de maio de 1991; 12-13 de maio de 2000) e Bento XVI (11-14 de maio de 2010).

São João Paulo II cumpriu ainda uma escala técnica no Aeroporto de Lisboa (2 de março de 1983), a caminho da América Central.

LS/OC

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