Carlos Silva fez sozinho o percurso até ao Santuário, sem medo e de coração aberto ao próximo
Fátima, Santarém, 12 mai 2011 (Ecclesia) – Carlos Silva percorreu 140 quilómetros em três dias, até ao Santuário de Fátima, para se aproximar mais do sofrimento de Cristo e agradecer-lhe o dom da fé na sua vida.
“Levava o terço na mão e em cada mistério tinha a preocupação de pensar em cada passo que o Senhor deu, e isso arrepiava-me e dava-me alento” recorda o peregrino, em entrevista ao Programa da Igreja Católica desta sexta-feira, na Antena 1.
Da viagem solitária mas “sem medo” porque cheia de “sentido de Deus”, guarda sobretudo a oportunidade que teve em partilhar o pouco que levava com alguém que não tinha nada.
“No viaduto do Carregado para o Cartaxo, vi um velhinho que estava ali com umas barbas muito grandes, todo sujo, e eu tirei aquilo que levava, a banana, a sandes que eu tinha, e começou a comer aquilo esbaforido. Eu não tive palavras para ele” recorda Carlos Silva.
O ver a Deus em cada pessoa, a cada esquina, permitiu-lhe ter forças não só para andar mas para “correr” em direção à Cova da Iria.
Apesar do cansaço e das dores, entrar na capelinha e ver o andor de Nossa Senhora era “superior” a todas as dificuldades.
Até 13 de maio, o Programa da Igreja Católica, às 22h45 na Antena 1, procura partilhar estas e outras experiências que rodeiam o percurso dos fiéis, rumo à festa em honra de Nossa Senhora, no “altar do mundo”.
PRE/JCP