Lisboa, 30 nov 2011 (Ecclesia) – As três paróquias da Faro precisam de dinheiro e voluntários para responderem ao aumento de pedidos de auxílio e prosseguirem o apoio prestado na alimentação, vestuário, assistência a idosos, doentes e reclusos, além do pagamento de despesas pessoais.
A paróquia de São Pedro suporta mensalmente 330 pessoas, num total de 131 famílias, com cabazes de alimentos provenientes do Banco Alimentar Contra a Fome, acrescidos de produtos frescos, refere hoje o site do jornal ‘Folha de Domingo’, pertencente à diocese do Algarve.
“Estamos a ver que as nossas capacidades não são suficientes para todos os pedidos”, afirmou o pároco, padre Manuel Rodrigues, ainda que “toda a comunidade” esteja a oferecer bens pedidos pela paróquia, tentando compensar a diminuição da quantidade de bens doados pelo Banco Alimentar.
No encontro entre o bispo do Algarve, D. Manuel Quintas, com agentes católicos ligados ao setor social, realizado em Faro a 23 de novembro, o sacerdote referiu que “está cada vez mais gente a aparecer” a pedir ajuda.
A paróquia, que fornece semanalmente uma “sopa reforçada” a 50 pessoas, entre sem-abrigo, toxicodependentes e alcoólicos, prevê organizar um jantar e uma ceia de Natal para os mais carenciados, respetivamente a 18 e 24 de dezembro.
Os projetos para o futuro compreendem a retoma de um almoço para idosos no 4.º domingo da Páscoa e a criação de um serviço de atendimento médico para os mais pobres, com recurso ao voluntariado de profissionais na área.
A comunidade paroquial de São Luís, por seu lado, entrega comida proveniente do Banco Alimentar a 45 famílias, angaria fundos para pagar despesas pontuais a pessoas pobres e colabora com o refeitório social da Caritas da diocese algarvia.
O fornecimento de alimentos também é uma prioridade para a paróquia da Sé, cujos fundos, provenientes de donativos e venda de bolos, são insuficientes para responder a outros pedidos: “Pagamos rendas de casa mas não conseguimos chegar a todos os casos”, disse a responsável pelo serviço social paroquial.
O pároco, cónego José Pedro Martins, tem procurado o envolvimento de crianças e jovens no apoio social mas continuam a faltar voluntários: “Temos necessidade de visitadores de doentes”.
As Missionárias da Caridade, fundadas por Madre Teresa de Calcutá, têm uma comunidade na paróquia, onde acolhem carenciados e desenvolvem trabalho domiciliário com famílias.
De acordo com a Folha do Domingo, as paróquias de Faro querem intensificar a coordenação para evitar aproveitamentos oportunistas, que retiram capacidade de resposta a casos prioritários.
FD/RJM