Faro: Cristãos rezaram pela vida nascente

D. Manuel Quintas destacou trabalho das instituições e associações que se empenham neste campo

A Diocese do Algarve reuniu-se no Domingo, 28 de Novembro, ao princípio da noite, em comunhão com o Papa Bento XVI em resposta ao seu pedido, dirigido a todos os bispos do mundo, para rezar pela vida nascente.

A Vigília de Oração, que teve lugar na Catedral de Faro, presidida pelo Bispo do Algarve, não se pôde realizar na véspera, como na maioria das dioceses, por já estar assumida naquela noite a realização de um concerto no âmbito do 4.º Festival de Órgão que ali decorreu durante este mês.

Na vigília, que procurou ajudar a promover o compromisso e o testemunho eclesial por uma cultura da vida e do amor, D. Manuel Quintas proferiu uma homilia marcada pela intervenção do Papa na vigília a que presidiu na véspera em plena Basílica de São Pedro, no Vaticano.

O prelado destacou a afirmação do Papa de que “há correntes culturais que procuram anestesiar as consciências com motivações enganadoras”, acrescentando que “o embrião no ventre materno não é um amontoado de material biológico, mas um novo ser vivo”.

“É importante estar despertos para a verdade destas afirmações. A vida é sempre um bem. A vida é sempre um dom”, acrescentou D. Manuel Quintas, garantindo que, “perante esta cultura de morte e de desrespeito pela vida humana, queremos reafirmar com maior vigor o valor da vida humana”.

D. Manuel Quintas salientou que é preciso “ser a voz de quem a não tem e por isso não se pode defender”. Dirigindo o mesmo apelo que o Papa João Paulo II lançara na encíclica “Evangelium vitae – O Evangelho da Vida”, o prelado pediu: “respeita, defende, ama e serve a vida”. “Defender e promover, venerar e amar a vida, é tarefa que Deus confia a cada homem. É um direito e um dever de todos”, disse, apontando nesta missão a família como “sujeito insubstituível”, pois “é verdadeiramente santuário da vida”.

O Bispo diocesano exortou a que se celebre o “Evangelho da vida”, “o Deus da vida e que dá a vida”, “com a oração, com a liturgia e os sacramentos e, de modo particular, com a nossa vida quotidiana, vivida no amor pelo outros e na doação de si mesmos”. “Trata-se de cuidar da vida toda e da vida de cada um”, complementou.

D. Manuel Quintas fez ainda referência à “inumerável e rica variedade de instituições e associações” que trabalham em prol da vida, chamadas a “prestar um serviço insubstituível em favor de toda a sociedade e da humanidade”.

A terminar, o Bispo do Algarve explicou a finalidade de a Igreja algarvia se associar a esta iniciativa. “Queremos associar-nos a este grito de toda a humanidade, dirigido a Deus Pai, para que cada vida humana seja respeitada, protegida e amada por todos e em todas as circunstâncias. Apenas este será o caminho, portador para todos, da justiça, do desenvolvimento, da paz e da felicidade”, afirmou D. Manuel Quintas.

No decurso da celebração, foi ainda realizada uma bênção sobre cinco grávidas presentes.

Samuel Mendonça

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