FARC dizem não à mediação Igreja Católica

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) excluíram, esta Quarta-feira, que a Espanha ou a Igreja Católica na Colômbia possam fazer parte de um eventual processo de mediação, a fim de obter um intercâmbio humanitário, em prol da libertação de reféns em troca de guerrilheiros presos. A notícia foi divulgada pela agência de notícias Prensa Latina, citando como fonte o porta-voz internacional das FARC, Raul Reyes. Numa entrevista via Internet, Reyes afirmou que o governo espanhol e a Igreja Católica na Colômbia se autoexcluíram como possíveis mediadores ao manifestarem o seu apoio ao governo do presidente Alvaro Uribe. O porta-voz das FARC rejeitou a hipótese de uma área de encontro proposta por Uribe, através da Igreja Católica, e reiterou que, na perspectiva da libertação de prisioneiros de guerra em mãos das partes beligerantes, é indispensável a desmilitarização, pelo período de 45 dias, dos municípios de Pradera e Florida. Na semana passada, Bento XVI encontrou-se com a mãe de Ingrid Betancourt, uma das mais conhecidas reféns das FARC, guerrilha colombiana. Dias antes, o Papa pedira que se reze pelos “filhos e filhas” da Colômbia, que “sofrem a extorsão, o sequestro e a perda violenta dos seus entes queridos”. “Peço ao Senhor que se ponha definitivamente termo a esse sofrimento desumano e se encontrem caminhos de reconciliação, respeito mútuo e concórdia sincera, restaurando-se assim a fraternidade e a solidariedade, que são as bases sólidas para alcançar o justo progresso e construir uma paz estável”, indicou Bento XVI.

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