A Associação Portuguesa das Famílias Numerosas é uma das fundadoras desta confederação, realizando-se a primeira assembleia-geral no próximo sábado, em Bruxelas A confederação europeia de “famílias numerosas” será constituída oficialmente no próximo sábado e prevê representar cerca de nove milhões de associados, e mais de 50 milhões de cidadãos europeus. O objectivo principal é congregar esforços e desencadear acções comuns para uma igualdade de direitos, a nível de toda a União Europeia. Entre os assuntos para debate, nos próximos tempos, destaca-se a reividicação junto dos Estados da União para que sejam mais equivalentes na distribuição da percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), destinado às famílias, e para que as políticas familiares sejam mais unificadas. De acordo com a Associação Portuguesa das Famílias Numerosas “pedir-se-á que todos os Estados da União destinem a mesma percentagem à protecção da família, para acabar com as diferenças abissais no tratamento da família entre alguns países, conforme é bem evidente nos sucessivos relatórios do Eurostat, a Agência Estatística Comunitária. Os últimos dados do Eurostat situam Portugal na cauda da UE também no apoio à família, com 5,5% do PIB (comparado com a média de 8,2% na UE)”. A ideia de criação de uma “Confederação Europeia de Famílias Numerosas” foi lançada há um ano, Madrid, no 1.º Congresso Europeu de Famílias Numerosas. De então para cá têm-se motivado diversas iniciativas no sentido de se promoverem as “mesmas oportunidades” para as famílias que decidam ter os filhos que livremente desejarem, sem condicionalismos ou constrangimentos de ordem material, quando constituídas no mesmo espaço comunitário. Entretanto, para além da sua primeira Assembleia-Geral, no próximo sábado, que aprovará os Estatutos e Plano de Acção, a Confederação Europeia de Famílias Numerosas já marcou o II Congresso Europeu para Março de 2004, por ocasião do X Aniversário do Ano Internacional da Família, com o tema “Large Families: Spring in an ageing Europe” (Famílias Numerosas: Primavera numa Europa envelhecida”).