Famílias e a vivência cristã

Mais de 250 congressistas participaram nos trabalhos da 10ª Assembleia Mundial da Confederação Internacional de Movimentos de Famílias Cristãs que decorreu no passado fim de semana em Fátima. Juntos para reflectir n’ “O Legado de Fátima à Família, Espiritualidade e Sacrifício”. Na mensagem final do encontro, os participantes sublinharam que a “sociedade actual é desafiante e que nem sempre se representa a família de hoje de forma positiva”. Nesse sentido, de acordo com a reflexão do fim de semana, o legado significa “viver a vida espiritual de casados em profundidades através da participação nos sacramentos”. Os participantes sublinharam a importância de “perceber que somos dom para cada um, no matrimónio através da entrega diária”. O testemunho aos filhos foi também apontado como essencial para a “transmissão do que é o amor conjugal”, apostando também no acompanhamento a casais jovens. A quarta dimensão do documento final aponta para “suportar os sofrimentos das famílias iluminados pela luz de Cristo”. António Moniz, responsável pela organização da 10ª Assembleia dá conta à Agência ECCLESIA que os participantes reiteraram a necessidade de se “alimentar espiritualmente para irradiar e testemunhar o que vivem junto de outras famílias”. Este é um trabalho “silencioso, o testemunho e o apostolado nem sempre é visível”. Ser uma família cristã é de facto “essencial para a nossa felicidade”, contrariando o imediatismo que a sociedade impõe. “Os valores têm de ser primeiro transmitidos aos jovens, pois são eles os construtores da sociedade que vai esquecendo valores que eles podem encontrar na Igreja”. O responsável assume que nesta “onda furiosa contra as famílias e a sua identidade, Portugal não escapa a este quadro”. Mas o nosso país recebeu há 90 anos “uma mensagem de esperança, centrada nos valores do Evangelho e actual para os dias de hoje”. Fátima pode ser “este sinal de esperança e foi um incentivo realizar a Assembleia no Santuário”. No final do fim de semana, presidiu à Eucaristia de encerramento D. Jorge Ortiga que reconheceu junto dos presentes não ser “fácil ser família hoje” e defendeu que o futuro da família depende da vida espiritual dos seus membros. “Ao reconhecer a família cristã como espaço de felicidade humano, não nos iludimos nem ignoramos as dificuldades. As grandes causas exigem companheiros de jornadas que se apoiam e estimulam nas horas das dificuldades e saboreiam o gozo da delícia que é a presença de Cristo no meio de casais cristãos”, disse D. Jorge Ortiga. A Confederação Internacional de Movimentos de Famílias Cristãs – CIMFC – foi fundada na Venezuela em 1966 e tem por finalidade ajudar os seus membros a viver a sua vocação humana e cristã e a testemunhar os valores essenciais da família, baseados na fé segundo o Evangelho e propostos pelos ensinamentos da Igreja Católica.

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