Famílias consagraram-se a Nossa Senhora do Cabo

No último domingo de Setembro, as gentes de Sesimbra, como habitualmente, rumaram ao santuário no promontório do Cabo Espichel para aí celebrar Nossa Senhora. Esta festa é como que o ‘círio de Sesimbra’, numa reminiscência de outros (de aquém e além Tejo) que afluíam àquele santuário. Como festa das gentes ligadas ao mar, esta de Nossa Senhora do Cabo, como sendo o ‘círio de Sesimbra’, torna-se um momento de descanso e de confraternização para o povo (sobretudo marítimo) desta vila piscatória. Em tempos as casas de hospedaria (ou dos círios) em volta do santuário serviam de lugar de acolhimento aos peregrinos… Agora o ‘espectáculo’ de abandono daquelas casas é, simultaneamente, triste e vergonhoso para quantos permitiram (ou concordam pela abstenção inoperante) que se tenha chegado àquela situação humana, psicológica e espiritual! Desde o princípio do milénio tem vindo a ser proposto um tríduo de preparação, no próprio Santuário, nos dias que antecedem imediatamente a data do último domingo de Setembro. Este ano a preparação teve por suporte uma reflexão teológica e espiritual a partir do cântico mariano do Magnificat, com incidência nas dimensões da família como lar, enquanto comunidade e entendida como espaço de tradição. Na festa deste domingo foi feita, após a Missa e a procissão, a consagração das famílias (sobretudo) de Sesimbra a Nossa Senhora sob a invocação do Cabo Espichel. Cremos que seria oportuno e urgente tornar o Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel como que um lugar de fé e de festa com linguagem e simbologia adequadas aos tempos que estamos a viver, particularmente na temática familiar, sobretudo na dimensão de famílias marítimas na linguagem (muito típica) de Sesimbra.

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Agência ECCLESIA

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