Famílias algarvias agitaram Loulé

Paróquias da cidade promoveram dois meses de iniciativas para debater a realidade familiar As famílias algarvias estiveram desde Janeiro em grande movimentação. Esta dinamização, centrada em Loulé, pretendia sensibilizar as famílias e a sociedade em geral para o valor da família, para os valores que a família tem e deve promover, mas também para os desafios que é ser uma família. Com a convicção de que “é a partir da família que poderemos renovar esta sociedade que se encontra «ferida»”, um vasto programa de actividades foi proposto pelas paróquias da cidade. Desde o dia 28 de Janeiro que bebés, crianças, jovens, pais e avós se juntaram para reflectir e ser desafiados para os deveres de ser família. “Valorizar e exaltar o valor da maternidade” na bênção dos bebés e das grávidas, enaltecer o papel dos avós através de um encontro com os netos, entre outras iniciativas, com destaque para as três conferências “que foram o recheio mais importante de toda esta dinamização”, sublinha o Padre Henrique Varela, assistente da Pastoral Familiar desta diocese e pároco de Loulé. A família em mudança, que rumo para a família, ou os desafios colocados à “célula da sociedade”, foram reflexões propostas aos participantes. Destaque para uma “perspectiva muito optimista” de Helena Marujo, convidada de uma conferência, que considerou existir hoje um “discurso social e cultural profundamente negativo sobre a família”, mas que “estamos num ponto de viragem”. “A família é um espaço de construção da estabilidade, mas simultaneamente de constante mudança”, cabendo aos elementos da família responder aos desafios em constante relacionamento. Os aspectos da proposta cristã para a família, foram também apontados, mas partindo do pressuposto que “não há família cristã se não houver família”, relembra o Pe. Henrique Varela. O relacionamento das pessoas e o modo de estar em família “é também a base para ser uma família cristã, marcada pela fé e em comunhão com Deus e com a Igreja”, sublinha. A última semana do “Famílias em Movimento” foi mais pública. Com quatro tendas montadas no centro da cidade, pretendeu-se envolver toda a comunidade e “mostrar que a Igreja não se quer fechar em si mesma”. Espaços para crianças e pré adolescentes, onde lhes era pedido que “demonstrassem o que pedem e desejam para a família” através de desenhos ou trabalhos escritos. Outro espaço tinha o nome de “Tenda do Diálogo”, com o objectivo de retomar os temas das conferências, onde quem passasse podia parar, conversar e reflectir um pouco, e por último a tenda de oração, com a “proposta de rezar pelas famílias no meio da cidade”. No último dia desta grande dinamização, 18 de Março, foram divulgadas as conclusões (provisórias, ainda) deste “Famílias em Movimento”, contando ainda “com um gesto público onde várias famílias se constituíram em grupos e percorreram o caminho do centro até ao Santuário de Nossa Senhora da Piedade, finalizando com a Eucaristia”, relembra o pároco de Loulé. Esta movimentação vai continuar. “Temos em mente dar continuidade e apelamos a que as famílias não percam esta ligação que se estabeleceu”, explica o Pe. Henrique Varela, de forma a manterem-se presentes enquanto testemunho e presença nas actividade da Igreja. O programa paroquial de Loulé, tendo em conta a pastoral familiar, vai apostar nesta formação. A diocese está também “empenhada nesta continuidade”, porque a família “é a ponta do iceberg para o caminho da nova evangelização”.

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Agência ECCLESIA

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