Mensagem do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso por ocasião do fim do Ramadão «fortalece amizade e diálogo» O Presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, o Cardeal Jean-Louis Tauran, enviou uma mensagem dirigida a todos os muçulmanos por ocasião do final do Ramadão. «Juntos pela dignidade da família» lembra que a instituição familiar une os cristãos e os muçulmanos. Durante o mês do Ramadão, “os cristãos próximos dos muçulmanos partilharam reflexões e as celebrações familiares. O diálogo e a amizade foram fortalecidas”, sublinha a mensagem assinada pelo Presidente e pelo Secretário geral, o Arcebispo Pier Luigi Celata. “Este acontecimento dá-nos oportunidade de reflectirmos juntos sobre assuntos que nos irão enriquecer e ajudar a um maior conhecimento, dos valores partilhados e das diferenças”. Palavras da Gaudium et Spes apontam que o desenvolvimento tanto do homem como da sociedade depende da família. “Quantas pessoas carregam, por vezes ao longo da sua vida, o peso de uma difícil e dramática vida familiar? Quantos homens e mulheres, muitas vezes abusando de drogas e violência, procuram uma forma de lidar com uma infância traumática? Cristão e Muçulmanos podem e devem trabalhar juntos para salvaguardar a dignidade da família, hoje e no futuro”, aponta a mensagem. Dada a grande valorização que tanto cristãos como muçulmanos depositam na família, “tivemos já muitas ocasiões, tanto a nível local como internacional, para trabalhar juntos. A família, esse lugar onde o amor e a vida, o respeito e a hospitalidade são transmitidos e encorajados, é verdadeiramente «a célula fundamental da sociedade»”. A mensagem aponta ainda que tanto cristãos e muçulmanos “não devem hesitar, não apenas para ajudar as famílias que necessitam, mas também para colaborar com todos os que trabalham pela estabilidade das famílias enquanto instituição, na responsabilidade dos pais, em particular no campo da educação”. A mensagem finaliza apontando que “a família é a primeira escola onde se aprende o respeito pelos outros, apesar da identidade e das diferenças. O dialogo inter-religioso e o exercício da cidadania podem apenas beneficiar com esta premissa”.