Família: Preparação para o Sínodo dos Bispos vai ajudar na evangelização das famílias

Casal católico destaca que «há ainda muito caminho a percorrer»

Lisboa, 28 mar 2014 (Ecclesia) – Fátima Fontes e José Pedro Costa são um casal que tem participado ativamente na preparação para o Sínodo dos Bispos, acreditando assim que a evangelização na família tem ainda “muito caminho a percorrer”.

“Desde que nos casamos que temos pensado sempre muito na importância da evangelização da família por isso foi com grande alegria que recebemos a notícia deste Sínodo e ainda mais por podermos participar na preparação respondendo às questões”, revela Fátima Fontes, bancária, licenciada em Matemática.

“Fazer esta reflexão sobre a família é algo muito importante e necessário no interior da Igreja” e prova disso é que “motivou muita adesão”, reforça José Pedro Costa, licenciado em Teologia na Universidade Católica Portuguesa e atualmente professor de EMRC.

Este casal conta em declarações à Agência ECCLESIA que já antes de surgir o questionário de preparação para o Sínodo dos Bispos “estas questões eram abordadas e pensadas em conjunto”.

“Ao analisar estas questões percebemos que temos um grande caminho a percorrer, já fizemos algum em termos de evangelização mas temos ainda muito pela frente e este momento de preparação para o Sínodo é importante para perceber e endereçar as mudanças que a família tem sofrido”, explica Fátima Fontes.

Fátima e José Pedro conhecem alguns casos de recasados que “sofrem por não ter nenhuma saída” sendo ainda assim “pessoas com muita fé e que procuram seriamente essa fé”.

Para evitar casos de pessoas que “num primeiro momento se casaram sem saber muito bem o que estavam a fazer” José Pedro Costa lembra que é essencial “uma boa preparação para o matrimónio”.

“Há muitas famílias que chegam a encontros de Centro de Preparação para o Batismo (CPB) e Centro de Preparação para o Matrimónio (CPM) sem nenhuma base na sua fé que é ainda muito ‘infantil’ e as dúvidas que têm são muitas ou inexistentes porque nem se quer começaram ainda a refletir e a caminhar”, explica Fátima Fontes.

Quanto à evangelização na família José Pedro lembra que “há um grande vazio” em vários momentos da vida familiar, “por exemplo as crianças entre o batismo, a catequese e o casamento tem muitos anos de vazio pelo meio”.

O Sínodo sobre a família marcado para outubro “pode ajudar a abrir portas e caminhos mas as comunidades têm de assumir o seu papel e atualmente há muito pouco de comunidade nas nossas comunidades”, lamenta o professor de EMRC.

“Vê-se muito pouco de vivência familiar nas comunidades, nas missas”, acrescenta Fátima Fontes em entrevista transmitida no Programa ECCLESIA (RTP2).

Para contrariar estas realidades Fátima e José Pedro sugerem “a criação de mecanismos que vão ao encontro das famílias quando têm crianças ainda pequenas” porque “nesse momento as famílias estão muito sensíveis” e as “crianças podem aí ter um papel evangelizador e exemplo disso é o projeto já existente ‘Despertar da Fé’.

PR/MD

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