Depois do tempo de férias as atitudes de “gratidão e misericórdia” podem ser a respostas
Lisboa, 31 ago 2018 (Ecclesia) – A psicóloga Cristina Sá Carvalho afirmou, em declarações à Agência ECCLESIA, que os “regressos à escola e ao trabalho podem ser celebrados” e atitudes como a “gratidão e a misericórdia” podem ajudar.
“Os adultos educadores, como os pais e os avós, têm de tratar de forma racional e pensada este regresso ao trabalho e à escola.
É muito fácil encarar como uma celebração, antes do primeiro dia de escola pode ser feito o jantar dos costume mas mais arranjado, ser mais bonito e não custa mais dinheiro, e é um marco importante neste regresso das crianças à escola”, defende a psicóloga.
“Pensar no que é realmente importante para cada um” pode ser uma bagagem trazida e refletida no tempo de férias a que Cristina Sá Carvalho entende ser uma motivação, “re-direcionada e reacendida”.
A psicóloga ligada ao Secretariado Nacional da Educação Cristã refere ainda outros casos como o regresso ao trabalho em “situações difíceis e injustas”.
“Felizes os que regressam ao trabalho, porque têm emprego, mas há quem regresse para situações difíceis e injustas, trabalhos demasiado exigentes ou trabalhos que não se apreciam, mal remunerados, onde não se é reconhecido ou onde as chefias não respeitam os trabalhadores, aí torna-se difícil o regresso.
Mas a dimensão da gratidão e da misericórdia são dois valores importantes que podem ajudar na saúde mental e social: a misericórdia para entender o que se passa à nossa volta, os olhos para ver e aceitar a realidade mais difícil e a gratidão para ver como o mundo é belo, basta descobrir a bondade das pessoas”, explica.
Cristina Sá Carvalho confessa que sente o tempo de férias como “uma caixa do tempo” com que se sonha todo o ano e guardar na memória as coisas boas pode ajudar a viver o resto do ano.
“É também no tempo de férias que se enche o pulmão a visitar novos sítios, a andar num jardim ou parque, a ser turista na própria cidade, a ter novas experiências mas também a estar em festas e reencontros de famílias que nos deixam boas memórias.
As festas que acontecem por esse país, com grande propósito de criar laços entre as pessoas dão muito mais do que isso, congregam pessoas, famílias e comunidades”, explica.
A psicóloga acrescenta ainda que as referidas festas, que muitas vezes começam e terminam à volta da mesa, entre “churrascos e comezainas portuguesas” e com as ”doçarias ímpares portuguesas” deixam na memória recordações que impelem o resto do ano.
A conversa com a psicóloga Cristina Sá Carvalho a propósito dos diferentes ritmos entre as férias e o regresso ao trabalho, desde o dia 27, termina hoje 31 de agosto e pode ser ouvida na Antena 1 da rádio pública, pelas 22h45, ficando depois disponível em www.ecclesia.pt.
SN